Se quer brilhar numa entrevista de emprego, tenha (muito) cuidado a responder a estas três perguntas

São tempos desafiantes para quem procura emprego, o mercado está altamente competitivo e há centenas de candidatos para cada vaga. Para Bonnie Dilber, especialista em recrutamento, é compreensível que as empresas desejem contratar os melhores talentos que crescerão com elas no longo prazo.

 

Para se apresentar dessa forma, partilha com o Business Insider, três perguntas que deve responder nas entrevistas com muita cautela.

Pergunta nº 1: Por que deixou o seu último emprego?

Um alerta “vermelho” é qualquer resposta que envolva negativismo em excesso ou críticas ao ex-empregador. Isso deixa o entrevistador apreensivo, a pensar se os problemas estariam em si ou no local de trabalho. Também pode temer que possa falar negativamente sobre a nova empresa no futuro. Por isso, evite respostas como “o gestor não tinha competências para gerir ninguém”, ou “as chefias só estavam interessadas numa coisa”.

Uma resposta mais positiva do candidato será focar no que procura na sua próxima função e no que o entusiasma. Se for necessário mencionar algo menos positivo sobre a empresa anterior, seja breve.

Exemplos:

  • “As coisas estavam a correr bem, mas eu queria experimentar novos desafios.”
  • “Saí porque não me identifiquei com o fit cultural da empresa.”
  • “O que procurava nessa função não foi tão interessante como pensei que seria. Por isso, gostaria de encontrar algo mais alinhado com os meus interesses.”

 

Pergunta nº 2: Por que quer este emprego?

Se estiver focado exclusivamente no que pode obter da empresa, como benefícios salariais e flexibilidade de trabalho, pode dar a ideia de que não se importa o suficiente com aquele trabalho ou com a empresa e procura apenas o que é conveniente para si.

Realisticamente falando, uma empresa remota sabe que o candidato está entusiasmado porque o salário é bom e o trabalho é flexível. Porém, o que procuram são candidatos que saibam falar mais do que remuneração e benefícios. Querem alguém que tenha pesquisado, entenda o que a empresa faz e demonstre entusiasmo.

Por isso, respostas como “Procuro um emprego remoto para poder estar em casa com os meus filhos” ou “Quero este trabalho porque paga bem” são de evitar.

A resposta perfeita é aquela que se concentra no que o deixa entusiasma com aquela vaga, como:

  • “Estou entusiasmado com o potencial impacto do produto que a empresa está a criar e quero muito fazer parte disso.”

 

Pergunta nº 3: Onde se imagina no futuro?

Contratar e formar alguém é dispendioso, por isso as empresas esperam escolher alguém que permaneça por muito tempo. É importante indicar as suas espectativas de ter um bom desempenho na função e crescer com a empresa no longo prazo.

É igualmente preocupante para as empresas se alguém se candidatar a um emprego com qualificações a mais, pois é provável que esse profissional saia em breve.

Digamos por exemplo que alguém ocupou um cargo de gestão nos últimos cinco anos e agora está a candidatar-se a uma função de colaborador, é normal que a empresa receie que essa pessoa saia num curto espaço de tempo e terá de substituí-la e formar outra pessoa novamente. Respostas como “Espero passar para a área financeira, mas esses empregos são difíceis de conseguir. Portanto, estou aberto a desempenhar esta função de suporte” ou “No futuro, estou a pensar fazer uma pós-graduação” devem ser riscadas.

Opte por algo como:

  • “Espero permanecer nesta função durante os próximos dois ou três anos e gostaria de explorar oportunidades de gestão, se isso for possível.”

 

Pequenos detalhes como estes podem impedi-lo de ser contratado

No mercado de trabalho de hoje, altamente competitivo, as empresas são criteriosas na escolha dos candidatos, por isso, pequenas coisas como falta de paixão ou não estar familiarizado com o trabalho da empresa podem acabar por ser a razão pela qual um profissional não passa à fase seguinte no recrutamento.

Bonnie Dilber encoraja os profissionais a pesquisar a empresa antes da entrevista, para que possam falar com autenticidade sobre as razões que os fazem querer trabalhar ali.

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