Seis orientações para ser bem sucedido na Indústria

Nos próximos 5 anos,  as tecnologias que hoje começam a ser adoptadas nas operações industriais nacionais vão mudar o paradigma actual do sector. É o que defende a EY que, no âmbito da 3.ª edição do Beyond – Portugal Digital Transformation, divulgou seis linhas orientadoras para o sector da Indústria.

 

Assim, para serem bem sucedidas, as empresas do sector da Indústria devem:

– Engenharia preditiva 
O ritmo da mudança está a aumentar e a automatização, robotização, inteligência artificial estão a permitir uma crescente digitalização do mercado e trazem elevado potencial e valor acrescentado para as organizações, permitindo a alteração do paradigma de gestão. As novas tecnologias permitem a implementação de um modelo de gestão por antecipação, capaz de prever tendências de mercado,  quebras de equipamento, optimizar inventários,  etc.

– Human augmentation
Os materiais e tecnologias, incorporadas nas ferramentas de trabalho irão modificar as actividades laborais. A incorporação de tecnologias de auxílio em dispositivos ‘vestíveis’ (wearables) irá conduzir a um aumento da productividade humana. Soluções como exoesqueletos, olhos biónicos (lentes de contacto com visão infravermelha ou ultravioleta, por exemplo), realidade aumentada, projecções holográficas ou mesmo a tradução em real time irão servir como suporte à melhoria da eficácia e eficiência humana.

– Blockchain
Esta tecnologia pode ser usada para tornar as cadeias de abastecimento mais eficientes e também permitir novos modelos de negócio disruptivos, especialmente no que diz respeito à propriedade e ao uso de activos partilhados. O impacto que se antecipa que esta tecnologia tenha na indústria financeira e automóvel será certamente aplicável em outros sectores. O conceito de registo partilhado dos vários passos que um produto segue numa cadeia de abastecimento pode ser feito com recurso à tecnologia blockchain, que promete ser “à prova de falseamento”.

– Manufactura adictiva
Mais conhecida como impressão 3D, a manufactura adictiva está disponível desde a década de 1980 mas tem vindo a popularizar-se na última década. As empresas estão cada vez mais cientes de que a amplitude das tecnologias e materiais I3D oferece soluções para vários tipos de indústrias, mas muitas não têm conhecimento ou confiança para aplicar este tipo de tecnologia de forma a responder às suas necessidades.

– The gig economy
Está a surgir uma forma completamente nova de carreira, liderada por uma série de experiências de trabalho ecléticas, que serão combinadas para ajudar a responder às necessidades pessoais, de desenvolvimento e financeiras. Este tópico terá, no caso da indústria, especial relevo pois irá aumentar a complexidade da gestão de projectos de engenharia industrial, que irão incluir por exemplo equipas muito díspares e funções externalizadas.

– A supercondutividade
Apesar de não estar directamente relacionado com empresas industriais, este factor condiciona em grande escala este sector. A utilização de materiais supercondutores nas redes de distribuição de energia eléctrica irá permitir um aumento exponencial da eficácia e eficiência com que a energia é transportada e consumida.

 

A 3.ª edição do Beyond prolonga-se nos próximos meses, com encontros sectoriais nas várias áreas estratégicas para Portugal, como Mobilidade, Serviços Financeiros e Indústria. Na conferência final, agendada para o início de Junho, serão divulgados casos de sucesso e apresentadas as melhores estratégias pessoais, empresariais e políticas, identificadas pelaEY, nesta era digital.

 

Veja também estas notícias.

Ler Mais