Teambuilding com impacto

Uma actividade experiencial de teambuilding procura proporcionar uma experiência fortemente emocional a um grupo de pessoas. O sucesso destas intervenções está na capacidade em ligar o imaginário escolhido ao propósito e aos objectivos pedagógicos associados ao seu desenho e construção.

 

Por Pedro Antão , Team Leader na Jason Associates

 

Lembra-se de quando aprendeu a andar de bicicleta? As vezes que tentou, as que falhou e a sensação da recompensa final de fazer os primeiros metros equilibrado no seu agora útil meio de transporte?

 

Agora imagine que todo este processo de aprendizagem tinha sido feito recorrendo a uma aula teórica, onde esquemas físicos e matemáticos lhe explicavam o ângulo e a postura certa para conseguir equilibrar-se na bicicleta…

A segunda abordagem parece desajustada, certo?

Se pensarmos agora no desenvolvimento de outro tipo de competências, como por exemplo competências de comunicação, de liderança, trabalho em equipa, de vendas ou negociação, porque será que tradicionalmente se utiliza a abordagem mais teórica, mais tradicional, assente apenas na transmissão de conhecimentos, esperando que depois cada um as aplique sempre que necessário?

Acreditando que a melhor forma de aprender é fazendo, na Jason Associates procuramos sempre utilizar este tipo de actividades. Elas permitem, mediante a criação de um ambiente pedagogicamente seguro onde o erro é tolerado e utilizado no processo de aprendizagem, que os participantes possam experimentar e testar formas diferentes de fazer, observando o seu impacto positivo ou negativo na vida real, mas sem qualquer consequência daí decorrente, para além da aprendizagem em si mesma.

Uma actividade experiencial de teambuilding procura proporcionar uma experiência fortemente emocional a um grupo de pessoas, seja ele um pequeno ou um grande grupo. A força do imaginário criado à volta da experiência assume-se como um dos factores importantes para o sucesso da intervenção. Construir o imaginário em cima de objectivos pedagógicos claros e correctamente identificados assume-se como o maior preditor do sucesso deste tipo de intervenções.

Quer se utilize a metáfora militar, poderosa pelas ligações directas a competências core no desenvolvimento das pessoas nas organizações, como sejam a liderança, o planeamento, o trabalho em equipa, a disciplina…  Ou a metáfora do desafio, através da ideia do resgate, da conquista, da viagem ao futuro ou ao passado, etc., permitindo também poderosas ligações ao mesmo tipo de competências referidas anteriormente… Ou ainda a metáfora da responsabilidade social, em que o grupo é desafiado a utilizar competências de planeamento e gestão de recursos, comunicação, trabalho em equipa, liderança, contribuindo simultaneamente para o bem estar de populações mais desprotegidas ou carenciadas, requalificando infraestruturas em instituições de solidariedade social…

O sucesso destas intervenções está na capacidade em ligar o imaginário escolhido ao propósito e aos objectivos pedagógicos associados ao seu desenho e construção.

A realização de debriefings intermédios e debriefing final, envolvendo todo o grupo numa reflexão conjunta acerca dos constrangimentos observados, ganhos obtidos e acções transponíveis para o dia-a-dia na organização, com base na experiência e desafio vividos, é o factor chave que transforma um teambuilding num forte momento de aprendizagem, potenciador de alterações comportamentais nos indivíduos e nas equipas, com potencial impacto no desempenho da própria organização.

Este tipo de actividades experienciais apresentam um conjunto de características importantes e diferenciadoras:

  • Permitem a vivência de uma forte experiência emocional em ambiente pedagogicamente controlado
  • O caminho pedagógico é feito por uma sucessão de escolhas feitas pelos participantes
  • Os participantes são convidados a serem eles próprios, num ambiente onde não parece haver ninguém a ensinar
  • A transposição da metáfora para a realidade organizacional dos participantes é muito potente e imediata
  • O espaço onde as sessões ocorrem fazem parte da formação experiencial e é um elemento chave no processo de transformação comportamental.
  • E finalmente, levam os participantes a tomar consciência dos seus actos e do seu impacto direito em terceiros e na própria organização.

 

Às vezes pode ser desconcertante… mas funciona!

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