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Trabalhadores portugueses mudam menos de emprego
Portugal é um dos países onde menos trabalhadores mudaram de emprego nos últimos 6 meses, de acordo com os dados apresentados no Randstad Workmonitor. Referente ao último trimestre de 2016, o estudo fornece uma compreensão real das tendências do mercado de trabalho em 34 países de todo o mundo.
Pela primeira vez em um ano a percentagem de trabalhadores que alteraram de emprego nos últimos 6 meses desceu para 22%, o mesmo valor que no último trimestre de 2015. Portugal segue a tendência e o número de portugueses a mudar de emprego diminuiu relativamente ao trimestre passado. No entanto, é no Luxemburgo onde, pelo quinto trimestre consecutivo, o nível de mudança é o mais baixo. Em sentido inverso, a mudança aumentou em alguns países como a Austrália, Bélgica, China, França, Alemanha, Hungria, Espanha e Holanda.
O estudo da Randstad demonstra outras tendências de mercado, tais como a satisfação com o emprego atual e aborda ainda a importância de desenvolver uma estratégia digital nas empresas.
Opinião dos portugueses divide-se em relação à situação económica do País
A maioria dos portugueses – 52% – têm a expectativa que a situação económica de Portugal melhore em 2017. Em relação ao mundo empresarial, 71% dos trabalhadores portugueses consideram que a sua empresa terá uma melhor performance financeira em 2017 do que em 2016.
48% dos portugueses esperam receber um aumento
Em relação a receber um bónus no final do ano, o valor desce para 44%.
Confiança dos trabalhadores em mudar de emprego é o mais baixo dos últimos dois anos e meio
O Mobility Index, o indicador que traça a confiança dos trabalhadores em mudar de emprego nos próximos 6 meses, desceu para 108, o número mais baixo dos últimos dois anos e meio. Comparativamente ao trimestre passado, este indicador diminuiu na Índia (-9), Alemanha (-8), Argentina, Austrália e República Checa (todos -7). Por sua vez, subiu em Portugal (+2), na Dinamarca (+5), Malásia e no Reino Unido (ambos +4).
Desejo de mudar de emprego aumenta em Portugal
Embora a vontade de mudar de emprego tenha subido em Portugal em relação ao trimestre passado, 46% dos inquiridos referem que não estão à procura activamente de outro trabalho. Comparativamente ao trimestre passado, o desejo de alterar de emprego aumentou na China, Dinamarca, Grécia, Hong Kong e Itália, enquanto a Índia mostrou as taxas mais altas. Países como a Austrália, Bélgica, República Checa, Alemanha, Hungria, Malásia, Polónia e Suíça demonstraram uma diminuição na vontade de mudar de emprego comparativamente ao último trimestre.
Portugueses mais insatisfeitos com o emprego
A percentagem de trabalhadores que se sentem satisfeitos com o seu emprego actual aumentou, comparativamente com o último trimestre, na República Checa e na Nova Zelândia. Em sentido inverso, a satisfação diminuiu em Portugal, na Austrália, Brasil, Canadá, Polónia, Singapura e Reino Unido.
Importância da estratégia digital no trabalho
O Randstad Workmonitor abordou também a relevância de uma estratégia digital para o mundo empresarial. Embora 84% dos inquiridos reconheçam a importância de uma estratégia online, apenas 59% revelam que as suas empresas têm uma. Portugal está inserido no leque de países que acreditam que qualquer organização deve ter uma estratégia digital implementada.
Globalmente, 68% dos inquiridos admitem que não possuem as habilidades necessárias para acompanhar a evolução digital, sendo que 62% sentem que precisam de mais formação para garantir a sua futura empregabilidade.
Randstad Workmonitor
O estudo Workmonitor da Randstad foi lançado na Holanda em 2003, depois foi implementado na Alemanha, e agora cobre 33 países em todo o mundo. O último país a entrar foi Portugal em 2014. O estudo engloba a Europa, Ásia-Pacífico e as Américas. O Randstad Workmonitor é publicado quatro vezes por ano, fazendo com que as tendências de mobilidade sejam visíveis a nível local e global.
O índice de mobilidade do Workmonitor, que traça a confiança dos funcionários e captura a sua probabilidade de mudar de emprego nos próximos 6 meses, fornece uma compreensão real dos sentimentos e tendências no mercado de trabalho. Para além da mobilidade, o estudo compreende a satisfação e a motivação pessoal, assim como um conjunto de perguntas temáticas.
O estudo é realizado online entre funcionários com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos, que trabalham o mínimo de 24 horas por semana num emprego pago (não trabalhadores por conta própria). O mínimo é de 400 entrevistas por país. O Survey Sampling International (SSI) é utilizado para fins de amostragem. A quarta fase de 2016 foi realizada entre os dias 26 de Outubro e 9 de Novembro de 2016.