Um quinto dos trabalhadores confirma manipulação financeira nas empresas
Um estudo da Ernst & Young revela que um em cada cinco colaboradores está consciente da possibilidade de manipulação financeira na sua empresa.
No inquérito “Ernst & Young’s 2013 Europe, Middle East, India and Africa (EMEIA) Fraud Survey”, conduzido pela consultora Ernst & Young a mais de 3.000 membros de conselhos de administração, gestores e outros executivos, chegou-se à conclusão que um em cinco colaboradores testemunhou práticas de manipulação financeira nas empresas onde trabalham.
A desconfiança dos colaboradores em relação à solidez e veracidade dos resultados financeiros das empresas onde trabalham é significativa: segundo o relatório, mais de um terço dos inquiridos acredita que a empresa onde trabalham reportou resultados melhores do que a realidade. Mais: 42% dos executivos de topo inquiridos – membros de Conselhos de Administração e gestores sénior – declararam ter conhecimento de irregularidades existentes nos relatórios financeiros das suas empresas.
E, em relação à corrupção, o estudo revela que «ainda existe uma parcela significativa que encara o suborno e a corrupção como algo aceitável». Nos mercados emergentes, 67% dos inquiridos crê que estas práticas são generalizadas, ao passo que mais de um quarto dos executivos de Vendas e Marketing inquiridos considera que oferecer presentes ou serviços para se conseguir ou reter contratos é algo aceitável.
Segundo o estudo, a maioria das empresas, num contexto de crise, «está sob pressão crescente para atingir os objectivos dos investidores e proprietários e para apresentarem melhores desempenhos financeiros» em condições «extremamente desafiantes», a par de pressões constantes «para reduzir custos».