Uma em cada 10 pessoas foi vítima de discriminação no trabalho neste país

Dez por cento dos colaboradores nos Países Baixos foram vítimas de discriminação no local de trabalho no ano passado, informou o Instituto Nacional de Estatística daquele país (CBS).

 

A origem, cor da pele, nacionalidade, idade e género foram os motivos mais comuns, com cerca de 3% de todos os trabalhadores com idades compreendidas entre os 15 e os 75 anos a sofrer este tipo de preconceito.

A discriminação com base na origem, cor da pele ou nacionalidade foi mais assente em pessoas de diferentes etnias, registando-se 16% em cidadãos de fora da Europa, 10% em imigrantes de países europeus e 9% em holandeses com diferentes descendências.

Este preconceito, com base na idade, é mais comum entre os jovens com menos de 25 anos (4%) e entre quem tem mais de 65 anos (5%). Quando o fundamento é o género, acontece mais entre as mulheres (4%) do que entre os homens (menos de 1%).

A discriminação no local de trabalho foi mais frequentemente sob a forma de comentários inapropriados ou exclusão, sendo que «ambos foram citados por 35% de todos os trabalhadores discriminados», de acordo com o CBS.

Quanto às oportunidades de promoção ou desenvolvimento profissional, cerca de 25% não beneficiou desta hipótese, 18% teve de fazer um trabalho menos atractivo e 17% recebeu um salário mais baixo pelo mesmo trabalho. Já a discriminação através de ameaças, violência, ou agressão foi menos comum, registando-se 6%.

As pessoas discriminadas no local trabalho apresentam menos probabilidades de ficarem satisfeitas com os seus empregos, notou a CBS ao concluir que também têm mais probabilidades de estar ausentes por motivos de doença.

No ano passado, 69% dos trabalhadores que sofreram discriminação estiveram ausentes em algum momento, com 38% a responsabilizar o trabalho por parte ou pela totalidade dos seus sintomas. Entre as pessoas não discriminadas, 55% não estiveram presentes, incluindo 19% com sintomas causados pelo trabalho.

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