Vai abrir um centro de competências dedicado ao envelhecimento activo, com formação a cuidadores

O Plano de Acção para o Envelhecimento Activo e Saudável vai ter um centro de competências dedicado ao envelhecimento que, em parceria com o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), vai dar formação a quem cuide de idosos.

Em entrevista à agência Lusa, o coordenador do Plano de Acção para o Envelhecimento Activo e Saudável, que iniciou funções em 1 de Abril, adiantou que este centro de competências, focado no envelhecimento saudável e activo, estará a funcionar «em breve».

«É um centro que vai formar e capacitar cuidadores de idosos», adiantou Nuno Silva Marques, segundo o qual estarão incluídos trabalhadores de instituições, mas também cuidadores informais.

Na quarta-feira, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS), Ana Mendes Godinho, adiantou que este centro de competências «iniciará a sua actividade ainda neste semestre».

«Permitirá ter, pela primeira vez, um centro de competências dedicado à investigação, ao desenvolvimento e à inovação em termos de respostas para o envelhecimento e também na própria capacitação de cuidadores em função das novas necessidades, também de resposta às múltiplas e características e evolução das necessidades das pessoas», disse, na altura, a ministra.

Nuno Silva Marques defendeu que, com o centro de competências, será mais fácil e rápido prevenir o impacto do envelhecimento no curto/médio prazo. «Nas próximas duas décadas, vamos ter o maior impacto em termos da nossa pirâmide etária, em termos demográficos, numa redução da população activa e no aumento da população acima de 65 anos», referiu.

Alertou que a condição em que as pessoas entre os 65 e os 75 anos chegam actualmente à velhice não é a mesma de há 20 anos. «Ainda estão muito activas, ainda dão um contributo enorme à sociedade (…) e, portanto, não podem ser minimamente desvalorizadas», defendeu.

O plano nacional para o envelhecimento activo vai ter soluções adaptadas quase à realidade de cada um, seja com habitação colaborativa ou obras nas residências, para que os mais velhos possam escolher onde preferem viver até mais tarde.

Segundo o responsável, é expectável que o plano nacional para o envelhecimento activo seja apresentado até ao final do primeiro semestre, ou seja, até ao final do mês de Junho, devendo entrar em vigor, com as medidas no terreno, a partir do segundo semestre.

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