COVID-19: A maioria dos colaboradores está satisfeita com a forma como os líderes comunicaram a mudança

Mais de metade dos colaboradores (67,1%) apresentou-se como neutro ou satisfeito com a forma como os líderes comunicaram a mudança que ocorreu devido à COVID-19. Os dados são de um estudo da Michael Page realizado aos  candidatos para perceber o apoio que tiveram das suas empresas, as suas perspectivas em relação ao regresso ao local de trabalho e outros aspectos do confinamento.

De uma forma geral, as empresas foram bem-sucedidas na gestão de equipas e na definição de directrizes claras para a adaptação a novas práticas. A maioria dos inquiridos (73,4%) apresenta-se neutro ou satisfeito com o seu line manager e os resultados são semelhantes (72,2%) relativamente à adaptação a novas práticas, um resultado positivo para um assunto complexo.

Conclui-se ainda que mais de metade dos candidatos sentiram-se apoiados e acompanhados pelas suas chefias no decorrer do confinamento (61,2%).

O estudo indica ainda que a maioria dos inquiridos (56,9%), mostrou-se ainda satisfeita com o apoio prestado pela empresa no acesso ao trabalho a partir de casa.

No que diz respeito ao futuro, os candidatos apresentaram posições opostas, destacando a complexidade da situação actual. Assim, 36,7% mostrou-se preocupado, 26,6% neutro, 26,6% seguro e 10,1% muito seguro nesta fase de retoma.

Quando questionados sobre o regresso ao local de trabalho, a maioria dos profissionais (51,9%) revelou desejar voltar ao seu local de trabalho, sendo que 20,3% indicaram ter um sentimento neutro. Muitos inquiridos apresentaram-se tranquilos em retomar o trajecto para o trabalho, 75% indicou estar ligeiramente entusiasmado ou ter sentimentos neutros relativamente à necessidade de recorrer aos transportes públicos para se deslocar ao local de trabalho.

O estudo revela ainda que quase metade dos profissionais (49,4%) está entusiasmado com a vertente social do trabalho no escritório e 67% deseja voltar a almoçar com os colegas. Esta realidade destaca a importância das relações laborais e mostra que para algumas pessoas o trabalho a partir de casa pode ser demasiado solitário.

Durante a fase inicial da crise associada à COVID-19 muitos colaboradores ficaram de licença ou continuaram a trabalhar, mas com um horário reduzido ou flexível, o que significa que as pessoas, de um modo geral, tiveram mais tempo livre do que numa situação normal de trabalho. As conclusões do estudo apontam que 40,2% dos profissionais aproveitou este período para realizar formações para melhorar as competências que já possuía; 37,1% realizou cursos para desenvolver novas competências e 36,8% participou em webinars.

A maioria dos candidatos (73.5%) reflectiu sobre os seus planos de carreira, 64,5% actualizou o seu currículo e 55,1% tentou encontrar um melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Estes números reflectem que o mercado de trabalho actual conta com profissionais qualificados, com novas competências ou skills renovados, preparados para enfrentar os desafios da situação actual.

As conclusões do estudo foram tiradas com base nas respostas de mais de 145 pessoas que estão a realizar candidaturas actualmente na Michael Page em Portugal. Relativamente ao perfil destes candidatos, 29,3% dos inquiridos tem um contrato permanente e 11,2% um contrato de duração limitada. Uma larga fatia dos inquiridos (46,9%), encontra-se no desemprego e 77,6% dos candidatos prevê que a crise da COVID-19 irá ter um grande impacto nas suas escolhas e expectativas profissionais nos próximos dois anos.

Dos candidatos com um contrato permanente ou temporário durante a crise, verifica-se que apenas 15,1% dos inquiridos com um contrato ou permanente não se encontravam a trabalhar durante o confinamento. A maioria encontrava-se a trabalhar remotamente (56,8%) e uma percentagem mais reduzida esteve autorizada a estar presente no seu local de trabalho (28,1%).

O estudo realizou-se entre o dia 1 de Março e 11 de Julho.

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