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Sector do mobiliário está à procura de cinco mil trabalhadores
A indústria portuguesa de mobiliário procura cinco mil trabalhadores para satisfazer as encomendas, porque está a viver uma crise de mão-de-obra, avança o Jornal de Negócios.
De acordo com a publicação, entre os fabricantes que precisam de trabalhadores está o grupo Laskasas, que tem três fábricas em Paredes e emprega 435 pessoas. «Estou a precisar de mais umas 40 pessoas, entre marceneiros, estofadores, maquinistas e serralheiros, mas não encontro, o que faz com que esteja a rejeitar encomendas e a prolongar os prazos para a entrega de outras», disse à publicação o dono do grupo Laskasas.
Silvestre Carneiro, sócio-gerente da Pelcorte Estofos, garantiu também que está «a rejeitar encomendas todos os dias». Precisa com urgência de mais «uns 10 trabalhadores», mas «já ficava todo contente se conseguisse contratar meia dúzia de estofadores».
«Todas as empresas do sector, sem excepção, estão a necessitar de pessoal para satisfazer encomendas, mas não encontram. Está a ser dramático», alertou Gualter Morgado, director executivo da Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins (APIMA), fileira que concentra cerca de metade da sua produção em Paredes e Paços de Ferreira.
Segundo estimativas avançadas ao Jornal Negócios por Gualter Morgado, o sector «poderia aumentar o seu efectivo em cerca de cinco mil trabalhadores». Adiantou que esta indústria exporta 90%, aproximando-se do nível de exportações pré-crise provocada pelas medidas de gestão da pandemia.
Nos primeiros oito meses deste ano, o sector gerou quase 1,2 mil milhões de euros nos mercados externos, menos 3% do que no mesmo período de 2019. Morgado prevê que a indústria «irá chegar ao fim de 2021 mais ou menos em linha com o recorde de 1,9 mil milhões atingido em 2019».