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Cinco estratégias para impulsionar a equidade de género no sector da tecnologia
A área tecnológica tem crescido acentuadamente nos últimos anos, contudo, a disparidade de género mantém-se. De acordo com projecções da Gartner, as mulheres constituem apenas 28% da força de trabalho desta indústria e correspondem a somente 14% dos engenheiros de Software.
Para combater esta realidade, a Experis, marca especializada em talento e tecnologia do ManpowerGroup, apresenta cinco estratégias que permitem às empresas tecnológicas impulsionarem uma maior igualdade de género nas suas equipas.
1. Criar processos de recrutamento justos e igualitários
Uma das barreiras à equidade de género nesta indústria surge precisamente no momento de recrutamento, uma vez que os preconceitos inconscientes neste processo podem limitar a contratação de mulheres. Por um lado, e de forma inconsciente, os decisores de contratação tendem a recrutar perfis similares aos próprios o que, dada a prevalência de homens no sector tecnológico, contribui para acentuar a desigualdade de género nas contratações.
Por outro lado, existe ainda, em muito casos, a percepção de um menor compromisso por parte das profissionais, em virtude da necessidade de darem um maior apoio à sua família, e que vem igualmente reforçar esse desequilíbrio nas contratações. Finalmente, a menor presença de mulheres em carreiras STEM, limita também a diversidade logo na origem, na base de candidatos.
Estes preconceitos tendem a persistir no tempo, impactando, nomeadamente, a progressão e o reconhecimento das profissionais ao longo da sua carreira. Para combater a tendência, logo no momento da contratação, as empresas devem implementar estratégias como o “blind-screening” de currículos, em que são ocultos determinados aspectos sobre o candidato, como o género ou a idade. Devem ainda promover a utilização de linguagem neutra nas descrições das vagas de emprego e optar por fontes de recrutamento diversas.
2. Proporcionar oportunidades de desenvolvimento profissional
De acordo com o estudo “The New Human Age”, do ManpowerGroup, 67% das mulheres afirmam que a probabilidade de lhes ser sugerida formação na sua empresa é menor, comparativamente com os seus pares do género masculino. É necessário, por isso, contrariar esta realidade através da promoção de oportunidades de desenvolvimento profissional igualitárias, que venham ajudar as profissionais a adquirirem as competências, conhecimentos e experiência necessários para avançarem nas suas carreiras e terem as mesmas oportunidades de chegarem a posições de liderança.
Com o rápido aparecimento de novas tecnologias, este ponto é ainda mais importante no sector de TI, já que o papel dos empregadores deve passar também por promover a requalificação e contínua aquisição de aprendizagens por parte das suas profissionais, de forma a acompanharem a evolução do sector. Proporcionar formação, mentoria e oportunidades de networking são alguns exemplos de estratégias a adoptar.
Uma em cada três mulheres querem que o seu trabalho seja mais realizado no escritório, de forma a estabelecerem limites mais claros entre a sua vida profissional e pessoal, de acordo com o estudo “The New Human Age”.
Apesar de a tecnologia estar cada vez mais presente na vida da maioria da população mundial, nos países em desenvolvimento e nas comunidades de menores recursos de países desenvolvidos, o acesso à internet e a dispositivos tecnológicos é ainda dificultado. Como resultado, a população destas áreas, e nomeadamente as mulheres mais jovens, têm um menor contacto com a tecnologia, o que vem limitar as suas oportunidades de educação, nomeadamente o interesse e a possibilidade de ingressarem em formações desta área e, mais tarde, no mercado de trabalho como profissionais qualificadas.
A promoção de um acesso mais democrático à tecnologia desde a infância, a introdução de ferramentas tecnológicas nas escolas e a criação de mais formações em áreas STEM, que possam promover a criação de mais talento qualificado, permitirão contornar esta realidade e impulsionar a diversidade no sector, promovendo ainda o crescimento económico destes colectivos.