Procura emprego? Alerta importante: nem todos os anúncios são legítimos. Tenha atenção a estes sinais para saber se são esquemas fraudulentos

Provavelmente já se cruzou com alguns anúncios que o fizeram pensar se seriam esquemas de emprego ou não. Para que saiba distinguir entre uma oferta legítima e um esquema, o Ekonomista partilhou sete esquemas de emprego muito comuns actualmente.

1. Falsos recrutadores ou agências

Um dos esquemas de emprego mais conhecidos é quando falsos recrutadores ou agências falsas o contactam, afirmando que possuem uma vasta carteira de empresas que pretendem contratar centenas de colaboradores.

Na verdade, estas empresas que assumem ter na carteira de clientes existem e são totalmente legítimas. No entanto, pode ser completamente falso o facto de trabalharem com elas, fazendo com que as vagas de emprego não existam.

Assim, utilizando este tipo de isco, acabam por aceitar candidaturas a troco de uma taxa de inscrição. Por isso já sabe, sempre que algum recrutador ou empresa lhe fizer um pedido que envolva dinheiro no processo de seleção ou recrutamento, é 100% falso.

Estamos certos de que existem ofertas de emprego que referem alguma urgência para ocuparem os cargos em questão e algumas, podem até não constituir um esquema.

Contudo, quando visualizar frases nos anúncios como «estamos com poucas vagas, candidate-se já», reflicta muito bem e dê um passo atrás. Mais uma vez, gatilhos como este levam a que as vítimas respondam de imediato ao anúncio, sem sequer se questionarem sobre a verdade da oferta.

Normalmente, e perante uma situação normal, as empresas dão algum tempo para que seja possível a apresentação de candidaturas.

Todos nós reconhecemos a importância do marketing em qualquer empresa, principalmente o marketing digital. Por isso, se também faz parte da área e observar anúncios que afirmem «uma carreira promissora no marketing», desconfie de imediato.

A maioria dos esquemas começam por referir que o candidato irá desempenhar funções no departamento de marketing e que conseguirá trabalhar a partir de casa, por exemplo.

Assim, se a descrição da vaga não for para além disto e se as informações da empresa em questão também forem muito vagas, significa que muito provavelmente se trata de um esquema de pirâmide.

Se está no mercado de trabalho à algum tempo, já deve ter ouvido histórias de colegas ou até já foi contactado por alguém no LinkedIn com uma proposta do género: «Olá, tudo bem? Reparei que actua na área do marketing. Nesse sentido, tenho desenvolvido um negócio em paralelo com o meu full-time e estou agora a expandir a equipa de trabalho na sua zona, pelo que pode fazer sentido conhecer. Quando teria um tempo para conversarmos e lhe dar mais detalhes?”»

Se receber uma mensagem como esta, saiba que estará perante um dos esquemas em pirâmide mais conhecidos e praticados atualmente no mercado de trabalho. O melhor mesmo é não responder.

Muitas vezes, os alvos são profissionais por conta própria e jovens empreendedores. Por isso já sabe, proteja-se porque não vai ganhar nada com este tipo de proposta, podendo acabar por gastar muito dinheiro.

Alguns esquemas de emprego mais famosos incluem a exigência de informações bancárias. E a verdade é que, por vezes, as pessoas estão tão desesperadas por encontrarem um emprego que acabam por facilitar.

Saiba que independentemente da etapa do processo de recrutamento, não é aceitável que estes tipos de informações sejam solicitadas. Se isso acontecer, recue, provavelmente estará perante um esquema de burla.

Em caso de ser contactado por um «recrutador» e este referir que gostou do seu currículo e que o vai ajudar a melhorá-lo, inclusivamente nos serviços de marketing que o vão ajudar a arranjar um emprego melhor – desconfie.

Por norma, este tipo de esquemas visa a venda de produtos e serviços e não existirá qualquer oferta de emprego válida para lhe fazer. Por isso, quando isto acontecer recue e não responda.

Se o objectivo é entregar uma candidatura espontânea, o melhor é encontrar o espaço mais indicado para o efeito no site da empresa ou procurar pelo RH no LinkedIn e entrar directamente em contacto.

No entanto, há algumas empresas que abrem vagas com o título «candidatura espontânea» com a única finalidade de recolherem os dados de todos os participantes a fim de criarem uma base de dados, única e exclusivamente.

Por isso, quando observar este tipo de ofertas abertas a qualquer tipo de pessoa e área, o melhor é desconfiar e não enviar o seu currículo. Opte sempre por fazê-lo através do site da empresa, conversar directamente com o recrutador ou dirigir-se ao local para entregar em mão.