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Se quer aumentar a sua produtividade (sem destruir a sua saúde física e mental), adopte estes hábitos
Quer ser mais produtivo? Pode sempre fazer o que os CEO mais bem-sucedidos (mas talvez não os mais inteligentes) do mundo fazem: sacrificar uma boa noite de sono e começar o dia às quatro da manhã. Contudo, há outras dicas que pode seguir, de acordo com a Inc. Magazine.
Se copiar os hábitos matinais dos bilionários tecnológicos não faz parte do seu objectivo, considere seguir os conselhos dos especialistas em produtividade que são utilizados pelas pessoas realmente bem-sucedidas.
Treinar a mente para dizer não
De acordo com a pesquisa de Morten Hansen, professor da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, e autor de “Great at Work: How Top Performers Do Less, Work Better, and Achieve More”, aprender a dizer não a mais trabalho permite-nos minimizar as obrigações e atingir uma maior concentração. Além disso, aqueles que têm dificuldade em dizer não são mais propensos a experienciar stress, esgotamento e até mesmo depressão.
O empresário e magnata americano do sector da informática, Steve Jobs, foi um grande defensor desta estratégia. Na Apple Worldwide Developers Conference, em 1997, comentou: «As pessoas pensam que o foco significa dizer sim àquilo em que têm de se concentrar, mas não é de todo isso que significa. Significa dizer não à centena de outras boas ideias que existem. É preciso escolher com cuidado.»
Normalmente, pensamos que a realização de mais projectos ou trabalhar mais horas conduzirá a maior produtividade, o que não está certo. Segundo Hansen, «à medida que se aproxima a marca das 50 a 65 horas, os benefícios das horas adicionais começam a diminuir e ao trabalhar 65 horas ou mais, o desempenho global diminui».
Nunca ir para o trabalho “em piloto automático”
No seu novo livro, “Intrinsic Motivation: Learn to Love Your Work and Succeed as Never Before”, o especialista em performance humana Stefan Falk explica que se deve evitar entrar no trabalho com uma mentalidade de «piloto automático».
Esta escolha permite-nos “fechar” o cérebro e torna mais fácil afundarmo-nos no tédio à medida que passamos pelas tarefas diárias. Para os que amam o que fazem, “aborrecido” simplesmente não está no seu vocabulário.
Mesmo quando enfrentam as tarefas mais enfadonhas que já fizeram mil vezes, os profissionais que estão determinados a cultivar uma sensação de excitação no trabalho estabelecem diariamente objectivos deliberados, que existem para os ajudar a desenvolver uma sensação de crescimento, alimentada por um ciclo de motivação contínua.
Fugir do drama do local de trabalho
Estar envolvido num turbilhão de confusões no local de trabalho irá sobrecarregar a sua atenção e desviá-la do que é mais importante: as suas tarefas. O tempo perdido pode custar muito dinheiro à empresa.
Drama cria «processos de pensamento mentalmente perdidos ou comportamento improdutivo», salientou a investigadora de teatro Cy Wakeman no seu livro “No Ego: How Leaders Can Cut the Cost of Workplace Drama, End Entitlement, and Drive Big Results”.
Com o tempo, o drama no local de trabalho pode afectar a moral, destruir a cultura e levar à rotação e à perda de receitas. Quando os trabalhadores passam demasiado tempo a gerir conflitos ou a travar batalhas políticas, são menos produtivos, menos dedicados ao planeamento e implementação de estratégias empresariais e têm menos energia para realizar adequadamente as suas funções.
A investigação de Wakeman notou que os trabalhadores gastam, em média, duas horas e 26 minutos por dia em dramas e desperdícios emocionais, o que pode levar a um custo anual de milhões de dólares.
Trabalhar em períodos de 90 minutos
Um erro de produtividade que muitos cometem é trabalhar horas e horas seguidas, por vezes sem pausas ou sem hora de almoço, negligenciando o tempo de descanso. Tony Schwartz, CEO do Projecto de Energia e autor de “The Way We’re Working Isn’t Working”, salientou: «Os nossos corpos enviam-nos sinais claros quando precisamos de uma pausa, incluindo o nervosismo, a fome, a sonolência e a perda de concentração, mas, na sua maioria, ignoramo-los. Em vez disso, encontramos formas artificiais de bombear a nossa energia: cafeína, alimentos ricos em açúcar e hidratos de carbono simples».
O segredo da produtividade e do alto desempenho, destaca Schwartz, é trabalhar da mesma forma que os sistemas de linhas férreas e os desportistas treinam, ou seja, trabalhar com a maior intensidade de manhã durante 90 minutos de “sprints” (mas não mais) antes de fazer uma verdadeira pausa.
Por outras palavras, concentrar-se numa tarefa desafiante e importante durante 90 minutos de cada vez, depois é tempo de dar descanso ao seu cérebro e deixá-lo recarregar para conseguir trabalhar mais rápido e intensamente quando regressar à secretária.
Desligar a mentalidade da agitação
Numa altura em que estar ocupado é visto como produtivo e os empresários em todo o mundo modelam os seus hábitos de trabalho, pode ser difícil afastar-se e fazer uma pausa, o que está a levar muitos profissionais ao burnout, provocado pelo excesso de trabalho.
Os profissionais produtivos estabelecem limites claros sobre as prioridades durante um dia de trabalho razoável de oito a 10 horas e, posteriormente, trabalham de forma inteligente e eficiente para se certificarem de que cumprem com o que estipularam.
Por fim, é necessário autocuidado. Estar atento à saúde e bem-estar ajuda a contrariar a cultura da agitação e a minimizar o burnout, como tal é importante: não dispensar pequenos intervalos ao longo do dia, fazer exercício, comer bem, ter mais reuniões em pé ao ar livre, tirar um dia de folga para recarregar e dormir mais horas.