Em Agosto, mais do que descansar, é acreditar no futuro!
Por António Saraiva, Business Development Manager na ISQ Academy
Agosto é o oitavo mês do calendário gregoriano, assim designado por decreto em honra do imperador romano César Augusto. Mês tradicional de férias em muitas geografias. Mês das festas, festividades e festivais. Infelizmente, também, o mês de incêndios. É igualmente mês de balanço, mais que não seja como alcançar objetivos até final do ano, seja pela manutenção de determinada via, ou que novas estratégias para se recuperar o que correu menos bem.
A ideia subjacente que pouco acontece em agosto é cada vez mais errada. Mesmo que estendidos numa toalha a desfrutar do mar e do sol. É o tempo de recuperação de energias pessoais vitais, seja por via do descanso de um ano árduo, seja porque finalmente existe um verdadeiro equilíbrio de cada pessoa no âmbito da sua vida familiar. Mesmo quem opte por não retirar férias, as solicitações para o lazer acontecem, além de se ser aligeirados os fluxos de trânsito que tanto incómodo causam no resto do ano.
Descanso ou trabalho em agosto, a vida acontece. Por isso, talvez seja importante refletir-se. Talvez seja o tempo de nos posicionarmos no futuro. Que desafios temos pela frente, não só até ao final do ano, mas da forma que desejamos que o futuro aconteça, para os jovens e para os menos jovens. De que forma queremos ser mais produtivos, quando ainda não acertámos na melhor forma de organização do trabalho, tendo em conta a transformação digital em curso. O que verdadeiramente queremos para o planeta que habitamos, quando as catástrofes ambientais surgem com uma violência extrema em todas as suas formas possíveis. De que forma nos posicionamos sobre os fluxos migratórios, sabendo que podem ser importantes, mas não da forma com que se estão a processar.
Verificamos que perante cada problema os apoios surgem materialmente, dinheiro e equipamentos, dos mais ricos para os mais necessitados. Mas como estamos a gerir as Pessoas? Não numa lógica de gestão organizacional pura, mas sim na forma como prestamos dignidade e suporte emocional a quem verdadeiramente se confronta com dificuldades. Até que ponto se estão a tomar medidas sustentáveis para que o futuro se apresente mais risonho e as pessoas possam efetivamente suprir, no mínimo as suas necessidades mais básicas, para além da importância que aqui se revestem as questões de habitação, educação, saúde, só para relevarmos as mais determinantes.
Sim, o mês de agosto iniciou-se com as Jornadas Mundiais da Juventude. Não interessa tão só se estamos a referir um evento específico de dado credo religioso. O mais importante, tem a ver com as mensagens que foram transmitidas, com a forma de reflexão que foi proporcionada e, em termos práticos, até com a capacidade de organização logística e de gestão de pessoas. Talvez se tenha provado que, afinal de contas, tudo é possível, quando se sabe mobilizar e… Acreditar!
Por isso, o que se espera é que o descanso proporcionado por um período tradicional de férias, que ao lermos um livro com algumas mensagens e refletirmos sobre as mesmas , ou tão só olharmos o horizonte, tudo nos faça ACREDITAR que há sempre esperança. Esperança em fazermos mais e melhor. Sem dúvida em melhorarmos a produtividade necessária para o crescimento de uma Sociedade, mas também onde as pessoas atinjam maior felicidade.