Fidelidade: Promoção do bem-estar com foco nas pessoas

Os novos modelos de trabalho aumentaram a necessidade de as empresas olharem para o bem-estar fisíco e emocional dos colaboradores. Face a este novo paradigma, a Fidelidade dá-nos algumas pistas quanto aos benefícios a adoptar.

 

A preocupação com a saúde e o bem-estar físico, emocional e financeiro das pessoas é, actualmente, um dos principais desafios para as organizações. Um funcionário que tenha acesso a boas condições de trabalho, ao mesmo tempo em que se sente feliz e realizado, é mais produtivo, empenhado e comprometido com a organização.

De acordo com Francisco Santos, responsável pelo Programa de Bem-Estar, na Direcção de Pessoas e Organização do Grupo Fidelidade, garante que o well-being é uma prioridade para a empresa e um compromisso assumido com as suas pessoas. «Olhamos para o bem-estar de forma holística, assente em quatro pilares, corporate, lifestyle, health e financial. Colocamos sempre as pessoas no centro de tudo o que fazemos, de modo a sentirem-se bem em todas as dimensões da sua vida», defende.

Para o responsável, a empresa assume o compromisso e a responsabilidade de contribuir para o bem-estar global das pessoas, ainda que as necessidades possam variar de pessoa para pessoa. No que respeita à estratégia da organização, adianta, ainda, que a marca pretende consolidar e estruturar o bem-estar no Grupo Fidelidade para o futuro. «Queremos ser a primeira escolha no mercado de trabalho por sermos reconhecidos como uma organização de referência, que promove um sentido único de pertença ao longo de toda a experiência de trabalho.»

 

Disrupções e foco no bem-estar
Com o aumento da longevidade média, as pessoas passam, pelo menos, um terço das suas vidas a trabalhar, sendo, por isso, fundamental que se sintam bem e valorizadas nos respectivos trabalhos. Segundo Francisco Santos, a Fidelidade está atenta às disrupções sociais, económicas e políticas, assim como às mudanças e eventos dos diferentes contextos do sector da empresa. Nesse sentido, considera ser fundamental olhar «pelo bem-estar das pessoas e compreender quais são exactamente as suas necessidades e expectativas», de modo a usufruírem da melhor experiência laboral possível.

Outro tópico abordado pelo profissional foi a forma como a pandemia da COVID-19 alterou o modelo de trabalho das empresas. O aparecimento do teletrabalho obrigou as organizações a repensarem as suas estratégias laborais e a terem particular cuidado com o bem-estar corporativo. «Desde os modelos de trabalho, à flexibilidade e ao cuidado com as instalações, tivemos de repensar as nossas iniciativas de bem-estar, para que todas as pessoas pudessem ter acesso às mesmas acções, em casa ou no escritório », sustenta.

 

Mais-valias e diferenciação
No que concerne aos benefícios de um programa de bem-estar, o responsável do Bem-Estar na Fidelidade considera que o sector segurador exige uma «profunda dedicação às pessoas», sublinhando, em seguida, que a abordagem da empresa deve estar centrada na vertente humana. «Aliamos uma cultura centrada em pessoas à criação de soluções personalizadas e verdadeiramente diferenciadoras. Comprometemo-nos, por isso, a ir mais além todos os dias, a superar cada desafio e a contribuir para o bem-estar de todas as pessoas.»

Ao nível da dimensão social, a Fidelidade disponibiliza às suas pessoas o seguro de saúde da Multicare, o que coloca à marca o desafio diário de promover um bem-estar físico e mental durante a jornada de trabalho. Segundo Francisco Santos, «o propósito da Multicare, a nossa seguradora de saúde, coloca-nos o desafio de nos focarmos na componente de prevenção e promoção de um bem-estar físico e mental, ou seja, de protecção, para fazer face a doenças que caminham a par com uma sociedade cada vez mais envelhecida. Esta é uma preocupação constante de todos/ as para assegurar uma longevidade sustentável e com qualidade de vida. Vimos todos os dias trabalhar para que a vida não pare!», refere.

 

Iniciativas e programas de bem-estar
Ao longo do ano, e com maior enfoque desde 2020, a Fidelidade define um plano anual com foco em diversas iniciativas que promovem e aumentam o bem-estar dos seus profissionais. De acordo com o responsável, a empresa pretende ser uma referência no que ao bem-estar diz respeito. Para isso, definiu a sua estratégia com base nestes três principais objectivos:

  • Construir um ambiente seguro e de referência, mitigando os riscos psicossociais e estruturando um espaço onde as pessoas possam desenvolver as suas competências profissionais de forma harmoniosa e equilibrada
  • Desenvolver uma liderança cada vez mais promotora de bem-estar, assegurando o compromisso para com as suas pessoas;
  • Potenciar ambientes e comportamentos que, juntamente com o sentido de pertença, potenciem o sentido de bem-estar físico, mental, profissional, pessoal e financeiro.

 

Para a concretização destes objectivos, a Fidelidade desenvolveu, então, uma série de iniciativas e programas, entre os quais:

  • Formação de líderes em acções de primeiros socorros psicológicos, para que possam identificar situações de risco e apoiar as pessoas dentro das equipas;
  • Desenvolvimento de webinars e workshops no âmbito de gestão de stress, burnout, gestão de emoções, saúde mental e equilíbrio entre trabalho e família;
  • Promoção da literacia financeira, através de um programa – intitulado «Feitas As Contas» –, que pretende apoiar as pessoas na gestão das suas finanças pessoais;
  • Avaliação de riscos psicossociais e a elaboração de planos de acção personalizados a diversos departamentos;
  • Promoção do Programa NOS, que visa o apoio personalizado em situações de manifesta necessidade ou carência, nomeadamente a nível psicológico, social ou familiar;
  • Promoção de sessões de Health Coaching como um processo que propõe uma melhoria progressiva do bem-estar, através da orientação para mudanças sustentáveis, com maior equilíbrio e plenitude.

 

Além disso, a nível interno, existem várias iniciativas da Fidelidade, aliadas ao Multicare Vitality – que se realiza através de corridas, encontros, webinars ou formações. Já sobre o impacto que estes programas têm nas pessoas, o profissional adianta que a empresa consegue avaliar, através de dois estudos, o bem-estar das suas equipas.

A primeira análise corresponde ao estudo do clima organizacional, realizado anualmente através da metodologia Great Place To Work. «Entre outros indicadores, conseguimos perceber as percepções sobre o bem-estar das nossas pessoas no que respeita à realização no trabalho, ao equilíbrio trabalho-família, à segurança financeira, ao ambiente de trabalho, à saúde mental e física e às relações interpessoais », explica. Em relação à segunda avaliação, a empresa estima os riscos psicossociais ao nível das exigências cognitivas e emocionais, como o nível de stress, a qualidade do sono ou a organização no trabalho. «Com base nestes estudos, são realizados planos de acção que visam à melhoria dos dados obtidos», conclui.

 

Bem-estar VS. Produtividade?
Há quem defenda que existe uma ligação intrínseca entre o bem-estar das pessoas e a sua produtividade. Uma tese partilhada por Francisco Santos, defende que «quanto maior for o nível de bem-estar das pessoas, maior será também a sua motivação para trabalhar e, consequentemente, a sua produtividade». Logo de seguida, acrescenta que «a motivação e a produtividade são o resultado da actuação da empresa em matéria de bem-estar». No caso particular da Fidelidade, deixa a garantia de que estão «empenhados em criar as melhores condições de bem-estar para que as pessoas se sintam realizadas em todas as esferas da sua vida».

O bem-estar ganhou novos contornos para as empresas, após o surgimento da pandemia da COVID-19 e a consequente introdução dos novos modelos de trabalho. Mais do que uma mudança, «os modelos híbridos e o teletrabalho ampliaram a visão e a compreensão das empresas em relação à temática do bem-estar dos colaboradores», sugere Francisco Santos. Além disso, acrescenta que este novo modelo de trabalho «fortaleceu a abordagem das empresas ao bem-estar dos colaboradores» e reforçou a importância do «equilíbrio entre a vida pessoal e profissional».

Um equilíbrio que o responsável da Fidelidade acredita que só é possível acontecer caso as empresas cuidem da saúde mental das suas equipas e «promovam um ambiente de trabalho saudável, envolvente e produtivo». Foi com este propósito que a empresa implementou, para todas as funções aplicáveis, um modelo de trabalho progressivamente híbrido. Um «factor de diferenciação» para a companhia de seguros, que tem vindo a repensar a abordagem e novas formas de trabalho mais flexíveis e ágeis para os colaboradores.

Mais, a nível histórico, o profissional garante que a Fidelidade sempre se manteve atenta às necessidades e ao bem-estar dos seus profissionais. Como tal, admite que a seguradora tem de «criar soluções diferenciadoras», dado que, cada vez mais, «as pessoas precisam de acções à sua medida». No fundo, são resoluções que respondem, de forma individual ou colectiva, às necessidades dos funcionários da empresa. E é com este enquadramento também que a companhia de seguros refere ter desenhado um programa de bem-estar, que «contém iniciativas específicas para responsáveis de equipa e futuros líderes da organização».

 

Desafios e medidas para o futuro
Existem naturalmente desafios inerentes ao planeamento e implementação de qualquer programa de bem-estar. Neste âmbito, e pela especificidade do Grupo Fidelidade, Francisco Santos identifica os três principais desafios: «A crescente importância da flexibilidade nos diferentes modelos de trabalho; o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal; e ainda as expectativas das nossas pessoas.» Sobre isso, o mesmo responsável acrescenta: «Sabemos que numa organização da nossa dimensão, estas expectativas divergem por vezes quanto ao que é o bem-estar individual, relativamente ao pacote de benefícios ou sobre o papel da empresa na vida das pessoas e a relação de compromisso que têm com a organização. Temos ainda de ter em conta a dispersão geográfica das nossas pessoas, pelo que é fundamental desenvolver e implementar um plano que dê resposta às necessidades de cada um e de que todos podem usufruir de acordo com o momento de vida que estão a atravessar.»

No que concerne às medidas para o futuro, a companhia de seguros pretende «fomentar ambientes e comportamentos, que, em conjunto com o sentimento de pertença, promovam o bem-estar físico e mental e as relações interpessoais». Desta forma, a empresa acredita que será possível «reduzir as situações de stress e ansiedade», aumentando, por consequência, a satisfação das pessoas. Francisco Santos acredita que, deste modo, é possível construir um ambiente seguro e de referência, mitigando os riscos psicossociais e estruturando um espaço onde cada pessoa se pode desenvolver de forma equilibrada e harmoniosa. De igual forma, refere que a organização pretende continuar a «promover iniciativas que contribuam para a felicidade e qualidade de vida das pessoas nas suas mais variadas vertentes».

 

Este artigo faz parte do Caderno Especial “Well-Being” na edição de Agosto (n.º 152) da Human Resources, nas bancas.

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