EU e a minha comunicação
Por Vera Norte, Co-Founder & Managing Partner do Comunicatorium
Quer analisemos o nosso círculo familiar as nossas equipas ou até as nossas organizações a conclusão sobre a raiz de muitas das nossas preocupações acaba invariavelmente nas pessoas; nas relações entre as pessoas.
Somos seres sociais e a forma como nos relacionamos impacta tudo na nossa vida, em todas as dimensões.
Mas como se criam relações, como se alimentam ou se intoxicam relações? A resposta passa pela forma como comunicamos. Sim como comunicamos!
Assumir esta verdade é dar o primeiro passo para melhorar a nossa comunicação.
Ter plena consciência da forma como comunicamos e do impacto que a nossa comunicação tem nos outros é, pelo menos, resolver 50% da questão ou do problema. Sendo que os nossos 50 % têm também um impacto grande na forma como nos vão responder (“os outros” tem 50% da responsabilidade). A lei da reciprocidade (sendo um dos princípios da persuasão segundo Robert Cialdini). É válida, também na comunicação com os outros; porque sorriso gera sorriso, agressividade gera agressividade.
E que fazer? O primeiro passo é ter consciência. Muitas vezes não temos consciência da forma como comunicamos, como as nossas mensagens estão a ser lidas e interpretadas pelos outros. Este passo de autoanálise, de autoconhecimento é o primeiro, e sem dúvida o mais importante passo para melhorarmos a nossa comunicação. Que imagem passo para os outros? Como reajo em situação de conflito ou de stress? Consigo criar empatia e credibilidade junto dos meus interlocutores?
Existem 3 passos fundamentais para melhorar a sua comunicação interpessoal:
- Conhecer o seu estilo de comunicação
Use o “espelho” e peça feedback
- Conhecer o seu interlocutor, a sua audiência
Pergunte, analise, não faça pré-julgamento
- Adaptar
Adapte o seu estilo, faça rapport
Não se esqueça que se não recebe a reação que espera, pode estar a ser mal interpretado e este é o ponto de partida para uma comunicação com problemas. Tente sempre colocar-se no lugar do seu interlocutor e pense … “como estou a ser interpretado? Porquê?
Se quer mudar se quer ter mais capacidade de influência, maior compreensão, algo vai ter de fazer de diferente.
Saber o quê, passa em primeiro lugar por um grande autoconhecimento e uma grande capacidade de auto analise.
Conhecer bem o seu EU é o primeiro passo para poder perceber o que fazer de diferente para melhorar a sua comunicação.