
Empresas em Portugal são pouco colaborativas
Um novo estudo da Oracle revela que é preciso superar ambiente fraturante entre os diferentes departamentos nas organizações e começar a colaborar.
Para poderem usufruir plenamente dos recursos e dos benefícios oferecidos pela cloud e manterem uma posição de destaque no mercado na Era Digital, as empresas terão que promover níveis de colaboração mais efectivos e eficazes no seu seio. Não obstante esta constatação, o mais recente estudo da Oracle IaaS: building a business that innovates, revela que são muitas as empresas cujo o modo de funcionar é adverso ao desenvolvimento de uma colaboração efectiva entre todos os departamentos .
O estudo avalia a forma como as empresas na região da EMEA (Europa, Médio Oriente e África) estão a abordar a computação na nuvem e como estão a lidar com os respectivos impactos na sua organização, em particular no que diz respeito à capacidade de realizarem mudanças de negócio profundas e de inovarem verdadeiramente.
O estudo deixa claro que há uma necessidade real de melhorar o nível de colaboração no seio das empresas:
– 62% dos inquiridos afirmou que as linhas de negócio e as equipas de Tecnologias de Informação (TI) precisam de colaborar efectivamente para que o modelo de cloud possa ser bem-sucedido nas suas organizações;
– 34% afirmou que gerir o fenómeno do shadow IT – onde as linhas de negócio fazem aquisições de TI à margem do conhecimento e da orientação dos departamentos de TI da empresa – constitui uma barreira significativa à adopção de uma abordagem integrada à cloud;
– 41% constatou que a falta de entendimento das áreas de negócio no que diz respeito à necessidade de integrar os recursos de cloud é um dos principais desafios das infraestruturas de TI no que diz respeito à implementação da cloud.
De acordo com estes resultados, parece evidente que as empresas têm que alterar a forma como trabalham se querem inovar com sucesso na cloud. Segundo o estudo da Oracle, as áreas de maior ineficiência no actual modelo das plataformas que está a ser usado pelas empresas, é a integração dos serviços utilizados (50%), o tempo de implementação (49%) e a fraca integração das aplicações (47%). Todos estes aspectos constituem bloqueios a uma inovação rápida e efectiva.
Constituem ainda barreiras complementares à adopção de uma abordagem integrada à cloud que permitirá uma melhor colaboração entre todas as áreas das empresas: a gestão do shadow IT (34%), a discrepância entre as infraestruturas, o aumento dos riscos de segurança (34%), o aumento dos custos (32%) e o ter que provar o retorno do investimento (31%).
Pascal Giraud, senior director IaaS Foundation & Cloud Platform da Oracle EMEA, considera que «estes aspetos podem em parte explicar porque as infraestruturas se tornaram tão rígidas, confusas e complexas. Isto leva as empresas a não terem o nível de capacidade resposta que deveriam ter perante as oportunidades de inovação que têm diante de si, ou a terem uma capacidade de resposta desarticulada e as oportunidades perdem-se nas brechas que existem entre as linhas de negócio e os sistemas mal integrados», alerta.