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A importância de comunicar a cultura. E cinco regras que deve seguir para o conseguir fazer bem
A Fast Company identificou algumas formas de comunicar a cultura da empresa para captar e reter talento.
Uma boa cultura proporciona uma experiência única e excepcional aos colaboradores de uma empresa. Mas, normalmente os empregadores não se limitam a ter uma cultura única; sabem também como a comunicar.
A melhor forma de divulgar a cultura de uma empresa é captar histórias e experiências reais dos colaboradores e transformá-las em conteúdos optimizados por canais de comunicação.
Aqui ficam cinco dicas sobre como comunicar a cultura, a partir de alguns exemplos práticos de 2022.
1. Enfoque pessoal e profissional
Este é o padrão de excelência em conteúdo cultural. Os colaboradores, muitas vezes, entram na empresa e ficam pelo propósito ligado ao trabalho que fazem, quer a organização lhes apresente um, ou por existir alguma coisa nas suas experiências que os atraia para a missão de uma empresa.
A directora de Conformidade da SOPHiA Genetics partilhou recentemente online uma história pessoal. Quando tinha 15 anos, a sua mãe morreu de cancro da mama, em parte por não ter sido bem diagnosticada. Entrou para a SOPHiA Genetics porque sentiu que podia mudar essa situação para as gerações futuras, para que outros não tivessem de perder aqueles que amam.
2. Mostrar imagens de onde o trabalho acontece: híbrido, remoto ou no escritório
Actualmente, é importante mostrar como o trabalho acontece na empresa. Não só responde a uma pergunta básica que os candidatos têm e procuram – é remoto, no escritório ou híbrido? – como também proporciona à empresa a oportunidade de explicar por que tomou essa decisão. Também aproveita o poder dos recursos visuais: os candidatos imaginam-se a trabalhar na sua empresa porque podem ver como os outros o fazem. É um conceito realmente poderoso.
Se a sua empresa é remota ou híbrida, mostre como é a vida real dos colaboradores em casa e no trabalho com vídeos e fotografias das histórias dos colaboradores. Se estiver no escritório, actualize os seus recursos visuais para os candidatos verem exactamente onde vão trabalhar.
3. Ser mais específico e falar a linguagem do sector
Nem todo o conteúdo das histórias de colaboradores deve ser acessível ao público. Se pretende envolver os engenheiros no trabalho que está a fazer, por exemplo, deve falar a sua língua. Na Veeco, uma empresa que concebe e constrói sistemas de processamento na indústria de semicondutores, discute-se temas como a variação de temperatura na escala de tempo dos nanossegundos em regimes de contagem de fotões utilizando radiação de corpo negro. Não existe um termómetro remoto universal de alta largura de banda, pelo que as equipas têm de abordar constantemente o problema de diferentes ângulos para diferentes subconjuntos do universo das estruturas de plasma.
Tudo isto só faz sentido para quem está dentro da área – e é esse o objectivo. É uma história de cultura que fala com o público-alvo correcto.
4. Alargar os horizontes: histórias com impacto na narrativa organizacional
Apresente o seu conteúdo a todos os públicos que se preocupam com a maneira como a sua empresa está a desenvolver uma cultura de apoio. Os candidatos são o público principal das histórias sobre cultura, mas também o são colaboradores, clientes actuais e potenciais, antigos colaboradores e muito mais. Coloque a sua mensagem à frente dos públicos que se preocupam em aumentar o alcance das suas histórias.
Por exemplo, um colaborador da Choice Hotels partilhou uma história que teria repercussões junto de todos os públicos interessados em saber como estavam a criar uma cultura inclusiva. O colaborador partilhou que, como parte da equipa de Inclusão, educa os funcionários sobre tópicos importantes de DEI. Também se certificam de que os benefícios são concebidos para satisfazer todos os colaboradores. Por exemplo, nas casas de banho lê-se “Auto-identificação”. A mensagem é clara: na Choice Hotels, podemos ser quem somos.
5. Ligar a história a uma mensagem cultural mais abrangente
Construir uma cultura única é um trabalho árduo. Após criá-la, não se deve perder a oportunidade de partilhar exemplos reais da sua cultura com os outros. As melhores employer brands sabem descobrir as histórias dos colaboradores e partilhar esse conteúdo com os seus públicos.
Fonte: Fast Company, por Lauryn Sargent