Afinal de que trata o bem-estar e qualidade de vida no trabalho?

Por Maria Duarte Bello, CEO da MDB – Coaching e Gestão de Imagem, Coach PCC & Mentor Senior

Significa que se coloca o colaborador em primeiro lugar na gestão e estratégias de RH? E se sim, de que modo? Conhece-se o colaborador ao ponto de ir ao encontro do seu desejo, do seu querer, da sua necessidade?

Ora ponderemos, a qualidade de vida está diretamente associada à auto-estima e ao bem-estar pessoal e compreende vários aspetos, nomeadamente, a capacidade funcional, o nível socio-económico, o estado emocional, a interação social,a atividade intelectual, o autocuidado, o suporte familiar, o estado de saúde, os valores culturais, éticos e religiosos, o estilo de vida, a satisfação com o emprego e/ou com atividades diárias e o ambiente em que se vive.

Não é por acaso que a definição dada pela OMS para saúde é ampla. É definida como “o estado de completo bem-estar físico e mental”.

A importância   da qualidade de vida no trabalho é crescente no atual contexto económico e social, tendo em conta a relevância que o emprego representa na vida das pessoas e o quanto um bom ambiente organizacional pode ser útil na gestão das pessoas e na melhoria da produtividade das empresas e organizações.

A decisão inteligente: interesse empresarial

Vários dados demonstram que, a longo prazo, as empresas que promovem e protegem a saúde dos trabalhadores estão entre as mais bem-sucedidas e competitivas e também desfrutam de melhores taxas de retenção de funcionários.

Alguns fatores que as empresas necessitam ter presente são:

a) Os custos de prevenção versus os custos resultantes do absentismo por razões várias;

b) Consequências financeiras das violações jurídicas das normas de segurança e saúde no trabalho;

c) Saúde dos trabalhadores como importante património da empresa. A adesão a estes princípios evita afastamentos e incapacidades para o trabalho, minimiza os custos com saúde e os custos associados com a alta rotatividade tais como treino e aumenta a produtividade  bem como a qualidade dos produtos e serviços.

A alteração dos estilos de vida, flutuações no mercado de trabalho e as mudanças nos tempos livres são fatores que têm um forte impacto na saúde das pessoas.

É, amplamente, reconhecido que as experiências vividas no trabalho, de natureza física, emocional, mental ou social, afectam as pessoas tanto no seu ambiente laboral como noutros domínios da sua vida, nomeadamente na família e noutros ambientes da sua existência.

Como constatamos, a vida pessoal e a vida no trabalho não são entidades separadas, ao contrário, são domínios interrelacionados que têm efeitos recíprocos. A forma como os indivíduos se sentem no trabalho encontra-se muito relacionada com a forma como se sentem na vida.

À medida que as organizações respondem ao impacto da pandemia do COVID-19, os  líderes sentem pressão para tomar decisões críticas para manter as suas operações. Os líderes podem ser forçados a tomar medidas que influenciam os fatores de bem-estar no trabalho, como congelar promoções, reduzir horas e até fazer demissões. Durante este período, os cuidados proporcionam uma maneira de cuidar dos funcionários, melhorando o seu desempenho e bem-estar no trabalho.

Por isso, aqui ficam as questões seguintes:

A empresa está no momento certo para implementar um programa de bem-estar? E o que deve conter?

Conhece os benefícios do programa na retenção dos seus talentos?

Tem noção do estado real das necessidades dos colaboradores?

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