Afinal, por que é que Darwin tinha razão?

Leandro Martins, client partner da Korn Ferry, trouxe à XVII Conferência Human Resources uma apresentação interactiva, em que o público pôde escolher sobre o que queria ouvir falar, na apresentação que intitulou de “Darwin tinha razão”. A “nova teoria” podia ser “the survival of the agile”. 

 

O especialista brasileiro começou por destacar que, se até há uns 15/20 anos, as empresas ainda conseguiam fazer planeamento a 5 anos, com sucesso, hoje o horizonte temporal tem que ser muito menos, e os planos têm que ser flexíveis e adaptáveis. «Antes, as empresas que conseguissem planear minimamente, conseguiam recolher frutos e sobreviver, mas, hoje, com a tecnologia a mudar cada vez mais rápido, e com a globalização,  os “frutos” estão muito mais alto e nem todas lá chegam.» Objectivo da apresentação é perceber como é possível conseguir continuar a alcançar o fruto.

Numa conferência sobre Agilidade, foi dado ao público a hipótese de escolher sobre os temas que gostaria de ver desenvolvidos e, entre as seis opções dadas, reuniu maior preferência a resposta à pergunta “O que é Agile”? – o que denota que ainda existem muitas dúvidas sobre este tema; dar exemplos de transformação ‘agile’ na área de Recursos Humanos; e como ser bem-sucedido numa empresa ‘agile’. Também pedindo a intervenção do público, percebeu-se que, quando pensam em agilidade, pensam em conceitos como flexibilidade, adaptação e rapidez.

Leandro Martins chamou a atenção para a importância de medir, para garantir que as decisões são tomadas com base em dados concretos e, respondendo à escolha dos espectadores, identificou elementos visíveis que se encontram em organizações ágeis, como trabalhar em open space; ter  um quadro Kanban, que é uma ferramenta que ajuda a visualizar o fluxo de trabalho de qualquer projecto; ter lugares para socializar/ discutir ideias; uma cadeira vazia nas reuniões para simbolizar a presença do cliente, ter equipas multidisciplinares.

Mas alertou que isto são apenas os elementos visíveis, e que não garantem que uma empresa é ágil. «O que garante é a cultura e o mindset», afirmou. Adiantou ainda que as empresas ágeis têm um crescimento superior, na ordem dos 37%, enquanto que os lucros aumentam 30%. Deu exemplos concretos, avançando com o caso de uma empresa, cuja mudança para um mindset ‘agile’ começou pelo próprio CEO, que reconheceu ser primeiro preciso mudar-se a si próprio.

Para Leandro Martins, em tudo numa empresa pode ser ‘ágil total’. «Há processos, como os ligados à lei, por exemplo, que têm mesmo que ser repetíveis.» Por outro lado, também não se deve seguir o caminho que outras empresas seguiram para agilizar a organização. Mas as variáveis a considerar não mudam: perceber as forças e fraquezas, realinhar os processos de acordo com isso, desenvolver capacidades para o potenciar (técnicas mas, sobretudo, comportamentais, e a liderança pelo exemplo.

Não perca a reportagem completa do evento na edição de  Maio da Human Resources.

 

A XVII Conferência Human Resources contou com o patrocínio das seguintes empresas: Delta Cafés, EDP, Fidelidade, Jaba Recordati, Microsoft, NOS, PLMJ Advogados, Randstad, Sonae MC e Ticket Serviços; e com os apoios de: Hospedeiras de Portugal, Inpressionante e Neurónio Criativo.

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