António Costa: «Linhas de crédito serão acessíveis às empresas sob condição de manutenção do emprego»

António Costa falou ao país esta sexta-feita à noite, para lembrar que o momento é de emergência sanitária mas também de emergência económica. Assim, assumiu como prioridades «preservar o emprego, os rendimentos e que as empresas não fechem». E adiantou que as linhas de crédito só estarão disponíveis às empresas sob condição de manutenção do emprego.

 

Na sequência da reunião do Conselho de Ministros, o primeiro-ministro António Costa falou ao país para anunciar as medidas para o Estado de Emergência decretado na passada quarta-feira, e que entrará em vigor à meia-noite de sábado para domingo.

Ressalvando que se trata, antes de mais, de um momento de emergência sanitária, e que o que está em causa é «tratar e salvar a vida dos portugueses», afirmou que este é também «um momento de emergência económica, onde é preciso preservar o emprego, os rendimentos e impedir que as empresas encerrem portas».

Não escondeu que «será seguramente um trimestre muito duro para todos», fazendo notar ser absolutamente essencial fazer esta travessia para, em Junho, avaliar os danos sofridos e perspectivar um novo futuro para a nossa economia».

Para que isso acontecer, «é essencial que possamos proteger o emprego, garantir o rendimento das famílias e evitar a destruição das empresas», reiterou. Ou seja, é preciso «assegurar liquidez às empresas». Para o efeito, «foi aprovado um conjunto de linhas de crédito, que serão acessíveis às empresas, sob condição de manutenção do emprego. Criamos condições, para que os trabalhadores de empresas que estão a sofrer grandes quebras na sua actividade, possam manter os postos de trabalho, ainda que com alguma quebra do rendimento.»

António Costa acrescentou ainda, que será assegurado aos trabalhadores, «não só emprego, como também, os que têm que ficar em casa a cuidar os filhos, uma nova prestação que assegure o rendimento».

Destaque para para «uma medida fundamental para melhorar a liquidez das empresas, que é permitir  adiar para o segundo semestre deste ano o pagamento de dois terços das contribuições sociais e também as entregas de IVA, IRC e IRS, previsto para os próximos meses».

Sendo prematuro estar a apresentar um programa de relançamento do economia, os esforços estão centrados em «salvar vidas, emprego, rendimentos e empresas», repetiu.

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