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Apenas 18% das organizações pretende manter os investimentos previstos para 2020
Apenas 18% das empresas pretende manter a totalidade do investimento previsto para este ano e 42% das empresas tem intenção de suspender totalmente todos os investimentos. A conclusão é do quarto inquérito feito no âmbito do “Projecto Sinais Vitais”, desenvolvido pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP), em parceria com o Marketing FutureCast Lab do ISCTE.
As restantes (40,3%) vão manter parcialmente o investimento previsto. Destas, a maioria são grandes e médias empresas e 84% vai procurar garantir até 60% dos investimentos previstos antes da COVID-19. A maior penalização vai para investimentos em capacidade produtiva e instalações.
Já no caso das micro e pequenas empresas, na sua maioria, a decisão passa por suspender ou cancelar os investimentos.
O estudo indica ainda que metade das empresas considera que os capitais próprios não são adequados para garantir os investimentos que previa no início do ano e 82% das empresas pretende recorrer a instrumentos de capitalização.
O mesmo estudo revela que o número de empresas que já pediu financiamento bancário aumentou face à semana passada.
Nesta amostra, o número de empresas que já pediu lay-off simplificado reduziu ligeiramente de 43% para 41%, em relação à semana passada e cerca de 52% das empresas não pensa pedir lay-off.
Ainda assim, 80% das empresas considera que os programas de apoio estão aquém (ou muito aquém) do que necessitam.
As empresas em funcionamento (total ou parcialmente) aumentaram quatro pontos percentuais face à semana anterior. As empresas encerradas reduziram quatro pontos percentuais.
O inquérito questionou as empresas portuguesas sobre as suas perspectivas de investimento e necessidades de capitalização, num momento em que já se iniciou o processo de retoma gradual da actividade económica, depois de as medidas de confinamento impostas no âmbito do combate à COVID-19.
Este inquérito integra o Projecto Sinais Vitais que tem como objectivo recolher informação actualizada sobre a posição dos responsáveis pelas empresas portuguesas e sobre o impacto que diferentes situações têm nestas, no quadro da situação de excepção provocada pela pandemia.