Apesar de 82% dos colaboradores afirmar estar comprometido com o seu trabalho, mais de metade admite estar pronto para mudar. Saiba porquê

Um estudo da Ricoh sobre o mundo do trabalho mostra que, apesar de a maioria dos colaboradores se sentirem satisfeitos no seu emprego, metade estão prontos para mudar se a oferta certa aparecer.

 

A pesquisa levada a cabo junto de seis mil colaboradores e 1500 profissionais com posições de chefia em empresas europeias, conclui que 82% dos trabalhadores assumem que estão comprometidos com o trabalho, e 65% revelam entusiasmo perante as funções que desempenham.

Não obstante, as pressões do aumento do custo de vida aliadas à falta de satisfação no trabalho podem levar os colaboradores a considerar outros empregos, e quase metade (44%) dos inquiridos confessa que estão prontos para mudar de emprego se a «oferta certa» aparecer.

Os resultados do estudo apontam, no entanto, que as preocupações com o bem-estar ou com os salários não estão exactamente no topo das preocupações das empresas, com 52% dos líderes a manifestar que os colaboradores deveriam estar «agradecidos» por ter um emprego.

O verdadeiro desafio da retenção de talento passa por encontrar soluções que diminuam as tarefas repetitivas dos colaboradores e aumentem a sua criatividade. Quase dois quintos (39%) do dia é ocupado com tarefas administrativas ou superação de problemas de tecnologia, rervela o estudo, o que significa que as equipas têm menos tempo para se concentrar em projectos que agregam valor real ao negócio.

Quase dois terços (64%) dos trabalhadores dizem que se sentiriam mais felizes no trabalho se tivessem mais tempo para tarefas criativas. A tecnologia e processos automatizados podem, de certo modo, ajudar a libertar os colaboradores das tarefas menos estimulantes.

Outra solução passa por acertar na estratégia de trabalho híbrido. Encontrar o equilíbrio certo entre dar aos colaboradores a liberdade e a confiança para trabalhar remotamente, enquanto oferecem oportunidades para interacção pessoal crucial com os colegas, contribuirá para a motivação e retenção de talento.

Três em cada quatro colaboradores (72%) afirmam que gostam de aprender com outras pessoas que estão fisicamente ao seu redor, enquanto 63% preferem combinar o escritório com actividades sociais, como ver amigos após o expediente.

«A nossa pesquisa sugere que os colaboradores precisam de estar motivados e desejam trabalhar em projectos que realmente agreguem valor à empresa. Num ambiente tão desafiador para a força de trabalho, com mudanças nos padrões de trabalho pós-pandemia e o aumento do custo de vida, cabe às empresas encontrar formas de promover uma cultura em que tipos de trabalho e carreiras satisfatórios sejam uma prioridade», afirma Ramon Martin, CEO da Ricoh Espanha e Portugal.

«Isso significa fornecer as ferramentas necessárias para acabar com a administração inútil, repensar os sistemas ineficientes e concentrar-se em tarefas que criam valor. As empresas que não se adaptem à mudança arriscam-se a ter uma descapitalização de talento», alerta o responsável.

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