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As mulheres vão pouco para fora. Porquê?
Um estudo realizado recentemente pelo RES Forum concluiu que menos de 20% da população expatriada é feminina. Mas porque é que a mobilidade das mulheres a nível internacional é tão baixa?
O mesmo estudo refere que a experiência, tanto homens como mulheres expatriados, têm um efeito positivo no curto-prazo nas carreiras . No entanto, os homens beneficiam mais a longo-prazo.
São várias as razões que se podem encontrar para explicar esta situação. Mas algumas especialistas, ouvidas pela HR Magazine, apontam dois factores principais:
– Aversão ao risco: Segundo Andrea Piacentini, co-fundadora do RES Forum, as mulheres são mais racionais do que os homens e gostam menos de arriscar. Ou seja, sendo a mobilidade internacional um risco, as mulheres tendem a pensar duas vezes antes de partirem;
– Família: Joanne Danehl, da Crown World Mobility, diz que as mulheres pensam mais nas consequências para a família e parceiros. Na opinião de Danehl, existe uma ideia generalizada que a carreira do homem é a dominante e que o resto da família segue-a.
Mais do que estas duas principais explicações, Elisabeth Kelan, professora de Liderança e directora da Cranfield International Centre for Women Leaders, defende que ainda existem algumas descriminações relativas ao género que jogam contra as mulheres.
A investigação do RES Forum parece comprovar a opinião de Kelan, visto que foi concluído que 54% dos colaboradores discordam moderadamente ou discordam completamente que a Administração tente aumentar o número de mulheres na mobilidade internacional.
Por isso, Danehl sugere que as organizações passem a enviar um pequeno questionário a mulheres que estão neste momento ou que já passaram por experiências do género. Para além disso existem ainda algumas medidas simples e práticas que podem melhorar toda esta situação -como por exemplo, oferecer mais tempo para planear a mudança.
Fonte: HR Magazine