Benefícios extrassalariais: da clara eficiência fiscal à eficácia na atracção e retenção de talento

«Existe, actualmente, uma ampla consciência relativamente à clara eficiência fiscal gerada por um cartão refeição, por oposição ao pagamento do subsídio refeição em numerário, aliada à sua inquestionável eficácia na atracção e retenção de colaboradores.»

Por Nelson Lopes, CEO da Sodexo

 

As politicas de alimentação e de nutrição desenvolvidas mundialmente têm o desafio de conseguir desenvolver e implementar medidas que, continuando a ser centradas na ligação entre uma alimentação nutricionalmente adequada e segura e o estado de saúde e bem-estar das populações, sejam também capazes de constituir um importante veículo de posicionamento competitivo da economia e um elemento agregador dos interesses de vários sectores económicos como a agricultura, a restauração e indústria, a economia, a educação, o turismo, a cultura, o comércio e o ambiente.

Neste sentido, a importância dos títulos de refeição são um dos apoios sociais mais comuns nas empresas, a nível nacional e internacional, registando o setor de benefícios extrassalariais, presença em 42 países, 19 dos quais na europa. Em Portugal o subsídio de refeição é considerado um benefício de natureza extrassalarial razão pela qual beneficia no nosso pais de um tratamento fiscal mais favorável para trabalhadores e não só.

Através do pagamento em cartão, o sistema gera automaticamente inúmeros benefícios económicos e socias para os participantes mais directamente envolvidos e externalidades positivas para a sociedade em geral. O sistema oferece uma prática flexível de pagamento e gestão dos sistemas de remuneração e dos benefícios sociais, com uma poupança fiscal, com a importante possibilidade adicional de assegurar a completa rastreabilidade dos fluxos financeiros envolvidos no sistema, contribuindo para a redução da economia não registada.

Por essa razão, o serviço prestado pelas empresas de benefícios extrassalariais é percepcionado, pela generalidade das empresas, como de uma importância crescente. Existe, actualmente, uma ampla consciência relativamente à clara eficiência fiscal gerada por um cartão refeição, por oposição ao pagamento do subsídio refeição em numerário, aliada à sua inquestionável eficácia na atracção e retenção de colaboradores.

Existem mais de 1,2 milhões de trabalhadores do sector privado que recebem o seu subsídio de refeição sob a forma de título. Este número é claramente revelador do elevado peso que a titularização do subsídio refeição possui e do extremo valor que o cartão refeição adquiriu ao longo dos tempos consolidando-se como um dos benefícios sociais mais preferidos por empresas e trabalhadores.

É verdade, muito se tem feito por um sector que estava algo apático, mas é possível fazer muito mais: por um lado, procurando sensibilizar mais e melhor as pequenas e médias empresas, onde a taxa de penetração daquele benefício ainda é relativamente baixa, e tentando estender a sua presença geográfica, descentralizando o seu uso para territórios com menor densidade empresarial.

Por outro, podemos ainda acrescentar dois grandes grupos que ainda não beneficiam actualmente de cartão refeição e que poderão, no futuro, vir a beneficiar: os trabalhadores por conta própria e os trabalhadores da administração pública, os quais, combinados, somam perto de um milhão de trabalhadores, em Portugal, que é claramente um número relevante.

Torna-se necessário consolidar o sector dos benefícios extrassalariais, detentor entidades de referencia e especialista em matéria de serviços associados ao subsídio refeição, apostar no domínio dos serviços e aplicações digitais que possibilitem uma melhoria significativa da experiência dos utilizadores e lançar novos serviços em novos domínios e oferecendo a clientes, parceiros e consumidores um leque de notáveis experiências, para usufruir quer na sua esfera profissional, quer no seu universo particular.

 

 

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