Burnout: os sete sinais de alarme a que deve prestar atenção em tempo de pandemia

Dá por si a acordar mais cansado do que quando se deita, sem razão aparente, e está permanente exausto? Não está sozinho. Mais de metade dos profissionais de saúde apresenta sinais burnout, de acordo com um estudo realizado por investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Saiba o que é e quais os sinais de alarme a que deve estar atento.

 

Dados da Associação de Psicologia da Saúde Ocupacional, relativos a 2016, mostram que 17,3% dos trabalhadores portugueses estão em burnout, que, recorde-se, entrou para a lista de doenças da Organização Mundial de Saúde, no ano passado, que renomeou o fenómeno como uma síndrome de desgaste emocional (esta classificação entrará em vigor em 2022).

Tendo isto em mente, o grupo hospital privado CUF compilou sete sinais e sintomas de stress crónico para que possa agir com tempo, sobretudo em tempo de pandemia:

1- Físicos: problemas gastrointestinais, taquicardia, sensação de falta de ar, tonturas, sudorese, tensão arterial elevada, problemas cardiovasculares, enxaquecas, fadiga profunda e crónica, dores e tensão muscular, alterações do sono (sobretudo insónia) e do apetite, fragilização da resposta imunitária;

2- Emocionais: tristeza, apatia, anedonia, alienação, frustração, raiva/ revolta, tédio, desesperança, perda do orgulho e do sentimento de pertença, sensação de injustiça e falta de recompensa, irritabilidade, ansiedade, depressão, baixa auto-estima, despersonalização;

3- Cognitivos: problemas de concentração e atenção, queixas mnésicas, confusão, maior lentificação na realização de tarefas, menor criatividade, pensamentos persistentes acerca do trabalho (ruminações), hipervigilância e necessidade de controlo;

4- Comportamentais: comunicação impessoal, atitude crítica, evitamento, impulsividade, reactividade, agressividade, abuso ou aumento do consumo de substâncias (tabaco, álcool, drogas, medicação), automedicação;

5- Sociais: isolamento, relações distanciadas ou com menor envolvimento e empatia, maior sarcasmo ou cinismo nas relações, problemas de relacionamento familiar ou menor convívio com amigos;

6- Existenciais: conflitos de valores e crenças, necessidade de redefinir a vida e as prioridades pessoais, raiva e revolta dirigidas à vida, alteração da visão que se tinha do ser humano;

7- Laborais: atrasos, absentismo, baixas médicas, turnover, maior número de erros no trabalho, menor tempo na prestação de serviços e menos cuidada, baixa realização profissional, vontade de desistir do trabalho, menor produtividade e eficácia profissional.

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