Celfocus: Apostar numa integração diferenciada

Na Celfocus, o processo de integração de novos colaboradores é visto como de grande importância para o sucesso futuro.

 

Plugin Onboarding é o nome que a Celfocus dá ao processo de integração de novos colaboradores. O objectivo deste programa, que tem a duração de seis meses, é promover uma integração progressiva e garantir que as pessoas se sintam bem desde o primeiro dia de trabalho. Eva Reis, manager na equipa People da Celfocus, explica à Human Resources Portugal os contornos e os resultados deste processo de onboarding.

No que diz respeito à integração de novos colaboradores, quais as práticas que a Celfocus considera mais importantes?
O Plugin Onboarding é primeira experiência que as nossas pessoas têm quando integram a Celfocus. Queremos que se sintam bem recebidas e sejam integradas de uma forma suave, acompanhada e continuada nos primeiros seis meses.

O Plugin reflecte a cultura Celfocus desde o primeiro dia, pautando-se pela proximidade, promovendo o contacto da nova pessoa com diferentes pessoas na organização. No início do programa, cada nova pessoa conhece o seu Buddy, alguém que o vai acompanhar pessoalmente durante esta integração.

Privilegiamos a integração simultânea na área e no projecto com a participação num programa de formação dinamizado remotamente por diferentes trainers de várias áreas da Celfocus. Ao longo de uma semana, as nossas novas pessoas conhecem a Celfocus – Who we are, o valor que criamos para os nossos clientes – Our business, a nossa cultura e as metodologias que usamos – How we do it, e compreendem como podem desenvolver-se e progredir na Celfous – Y(our) Way.

Durante o Plugin, existem outros momentos one on one com pessoas com responsabilidade pelo desenvolvimento da nova pessoa.

 

Por que razão considera que estas práticas diferenciam a Celfocus no objectivo de proporcionar uma boa experiência ao colaborador?
Entendemos o onboarding como uma oportunidade de criar uma primeira grande impressão e de proporcionar uma experiência diferenciadora às novas pessoas.

Durante o Plugin, as pessoas que acabam de chegar à Celfocus conhecem a empresa, quem somos e como somos, experienciando a cultura de forma imersiva. A oportunidade de integrar a equipa e, ao mesmo tempo, mergulhar num programa formativo, permite uma integração simultaneamente imersiva, expondo-as aos projectos e à realidade diária da equipa, e acompanhada por diferentes pessoas que contribuem para esta integração – o Buddy, a equipa de People, os Subject Matter Experts que encontra durante o programa de formação. É também neste ambiente que o novo colaborador tem contacto com outras pessoas de outras áreas da empresa, de diferentes geografias.

Este programa, conduzido remotamente, é ao mesmo tempo altamente colaborativo, usando uma metodologia que promove um ambiente de participação activa – training from the back of the room. O facto de ser dinamizado por pessoas que conhecem a empresa, o negócio e, sobretudo, o que é trabalhar na Celfocus, é um claro acelerador desta integração e promove a criação de laços entre o grupo de participantes e os trainers que perduram para além destas primeiras semanas.

 

Na prática, quais os processos e materiais envolvidos no onboarding dos novos colaboradores que chegam à empresa?
Num mercado tão dinâmico e exigente como o mercado do IT, a capacidade para criar empatia com potenciais colaboradores, partilhando os nossos valores, metodologias, principais projectos, tecnologias e no fundo, “a forma como fazemos as coisas” é uma maneira de nos apresentarmos enquanto empregadores. Por isso, o primeiro contacto com um potencial colaborador, ocorre em contexto de entrevista e, em todos os passos do processo, a ideia de como se trabalha na Celfocus está sempre presente. Com a contratação, recebem um kit de boas vindas, e são depois incluídos no processo de Plugin Onbarding.

 

Quais os factores que os colaboradores mais valorizam durante o seu processo de integração na empresa?
A forma como os candidatos e as candidatas são recebidos, a capacidade e atenção que colocamos em conhecê-los e em criar ligações durante de todo o processo até à contratação, aumenta a possibilidade de iniciarem a sua função com um mindset mais aberto.

A participação no Plugin Onboarding é avaliada como estando muito bem organizado, permitindo a aquisição de um conhecimento da organização muito transversal. Ao mesmo tempo, fornece informação importante para a sua integração na empresa. Também pela participação neste programa, criam-se imediatamente redes de contacto e suporte entre os participantes, que depois vão mantendo ao longo do seu percurso na organização.

Por outro lado, as conversas iniciais individuais de apresentação e acolhimento com as chefias e outros membros da equipa são muito bem recebidas e valorizadas, criando um sentimento de pertença rápido na organização.

 

Acredita que um onboarding eficaz determina o sucesso futuro do colaborador e o seu contributo para a empresa?
Acreditamos que uma integração cuidada e acompanhada, uma primeira experiência positiva, contribui para o sucesso e bem-estar das nossas pessoas, para um bom desempenho e, em última análise, contribui para a retenção do maior capital da Celfocus, o talento das nossas pessoas.

Num modelo de trabalho híbrido, o onboarding assume importância acrescida, uma vez que precisamos de promover, de forma intencional e estruturada, momentos de contacto e interações que, quando todos estávamos fisicamente presentes, aconteciam de forma espontânea e casual.

 

Como é encarado o onboarding no contexto dos novos modelos híbridos de trabalho?
Competimos no mercado de IT global e integramos pessoas de diferentes geografias, em diferentes fusos horários e semanas de trabalho – para além de Portugal, Egipto, Brasil e Holanda são exemplos. A Celfocus está satisfeita com um modelo de trabalho híbrido, e encorajamos a que integração das novas pessoas o seja também, combinando momentos de interacção remotos – como é o caso do programa de formação – com momentos presenciais que aceleram a criação de relações de confiança, quando isso é possível.

 

Quais os aspectos positivos e negativos de um onboarding com menos contacto presencial com a empresa e os colegas?
A dimensão remota do onboarding confere-lhe um carácter inclusivo e promove a diversidade de contactos entre pessoas de diferentes geografias e culturas que, de outra forma, seria bastante mais difícil. Ao longo dos últimos dois anos, desenvolvemos novas abordagens na facilitação da interação dos grupos que nos permite criar espaços altamente participados e colaborativos em ambiente remoto. Por outro lado, a possibilidade de combinar a integração remota com momentos de contacto presencial com a equipa e com os clientes é também um acelerador da integração e do desenvolvimento das novas pessoas, uma vez que fortalece a construção de relações de confiança e o sentimento de pertença à comunidade Celfocus.

 

De que forma a cultura da Celfocus é transmitida aos novos colaboradores desde o primeiro dia?
Temos a preocupação de iniciar a integração dos nossos colaboradores ainda antes do primeiro dia, assegurando-nos que se sentem acompanhados e motivados para a nova etapa profissional que estão prestes a iniciar. Ao estabelecermos esta ligação logo no início, já estamos a transmitir a cultura de acolhimento que temos na Celfocus, que é muito apreciada por quem se junta a nós. Depois, quando recebe o nosso ´Welcome Pack´, integração no nosso Plugin, ou ronda de conversas introdutórias com as várias pessoas da equipa, asseguramos a ligação aos nossos valores, estratégia e cultura.

 

No que diz respeito ao inboarding, quais os factores de maior atenção no acompanhamento a colaboradores mais antigos?
Terminámos recentemente, com o envolvimento de todas as nossas áreas de negócio, o nosso modelo de funções. Adicionalmente fez-se a associação aos vários níveis da organização com diferentes níveis de proficiência. Com este modelo, foi possível definir percursos profissionais e de carreira e garantir que temos as ferramentas certas para que os nossos colaboradores façam uma transição com sucesso para a nova função, seja do ponto de vista técnico como comportamental, horizontalmente ou verticalmente. Para além de formação, temos programas de coaching e mentoring que potenciam o desenvolvimento dos nossos colaboradores de forma sustentada.

 

O inboarding é uma preocupação contínua da Celfocus?
A identificação e gestão de oportunidades de evolução/progressão dos nossos colaboradores é um processo fundamental para atrair, reter e potenciar o talento, não só pelas oportunidades de carreira, mas também pela referência que é para o desenvolvimento de competências técnicas e comportamentais. Por isso sim, é uma preocupação contínua da nossa organização em fazer isto acontecer.

 

Quais as boas práticas de inboarding na Celfocus?
O nosso programa de ´Personal Trainer´ é um exemplo do acompanhamento próximo e investimento que fazemos no desenvolvimento dos nossos colaboradores, a partir do dia 1 da sua integração na Celfocus . O PT, que assume um papel de “mentor”, tem como missão promover e acompanhar o desenvolvimento dos colaboradores a si assignados. É estabelecida uma relação próxima, com vários momentos de feedback, onde são tratados temas de desenvolvimento individual e expectativas de carreira. O PT é alguém de referência dentro da organização, normalmente de outra área funcional que não a do colaborador, o que permite uma independência na relação estabelecida.

 

Em que medida o inboarding pode ser uma ferramenta para a retenção de talento?
Na Celfocus, temos uma especial preocupação com o “candidate experience”, prática que vamos melhorando através de feedback que recolhemos e integramos. A contínua promoção de oportunidades de desenvolvimento e crescimento internamente, com novos desafios, experiências e conhecimento, providenciando as ferramentas adequadas de suporte ao colaborador, é sem dúvida uma prática que promove o engagement das nossas pessoas e consequente retenção e que nos fortalece enquanto empregadores.

 

Este artigo faz parte do Caderno especial “Onboarding e inboarding” publicado na edição de Dezembro (n.º 144) da Human Resources.

Caso prefira comprar online, tem disponível a versão em papel e a versão digital.

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