Como devem as empresas adaptar-se às tecnologias inteligentes?

Os avanços da Inteligência Artificial (IA) e outras tecnologias estão a acelerar a criação de empresas inteligentes e a permitir que as organizações se incorporem no quotidiano das pessoas, segundo o Accenture Technology Vision 2018. 

 

Das cinco tendências tecnológicas identificadas pelo estudo deste ano, duas terão maior aplicabilidade em Portugal: Uma é a Inteligência Artificial, cada vez mais adoptada pelas empresas nacionais, que permite transformar a relação que as empresas têm com os seus clientes, numa lógica de uma maior personalização da oferta de produtos e serviços, e a Transformação das Arquitecturas de Sistemas, que permitem uma maior capacidade e agilidade no estabelecimento de parcerias.

O estudo reforça ainda que, do número de inquiridos em Portugal, 45% concorda que devido às tecnologias, as empresas estão mais presentes no dia-a-dia das pessoas, e 38% concorda inteiramente com esta afirmação. Além disso 49% concorda que a tecnologia já se fundiu na vida das pessoas e 44% acredita completamente nisso.

Mais numa perspectiva empresarial, 55% dos inquiridos a nível nacional, considera que as suas expectativas, como colaboradores, estão alinhadas com as empresas nas quais trabalham. Relativamente à possível adopção global das novas e emergentes tecnologias, apenas 18% dos inquiridos acredita que essa transformação digital irá durar menos de um ano. Já a maioria, 36%, acredita que essa adopção deverá durar entre 3 a 4 anos.

Internet das Coisas (IoT) e sensores inteligentes são as tecnologias nas quais as empresas portuguesas mais irão apostar no próximo ano, segundo 64% dos inquiridos. Logo a seguir surge a Inteligência Artificial, com 45% e em terceiro lugar, empatados, encontram-se a Impressão 3D e os wearables, com 36%.

O estudo deste ano intitulado “Intelligent Enterprise Unleashed: Redefine Your Company Based on the Company You Keep” sublinha a forma como os rápidos desenvolvimentos tecnológicos – como a IA, advanced analytics e a cloud – estão a permitir que as empresas criem produtos e serviços inovadores e transformem a forma como as pessoas trabalham e vivem.

Quando olhamos para as tendências com maior impacto em território nacional, Pedro Lopes, managing director responsável pela Accenture Technology, afirma que Portugal tem  «um ecossistema de inovação bastante interessante do ponto de vista de startups. Por outro lado, temos em Portugal um hub de inovação bastante interessante que, nós como uma multinacional, estamos a tentar aproveitar, reforçando esta onda de inovação que está a acontecer no país».

Em jeito de conclusão percebe-se no estudo da Accenture que a maioria dos portugueses inquiridos (58%) acredita que uma maior integração da tecnologia na vida das pessoas, está a transformar o relacionamento entre consumidores e empresas, numa parceria.

Tendências globais e essenciais

O Accenture Technology Vision 2018 identifica cinco tendências tecnológicas emergentes que as empresas devem seguir se quiserem ser bem-sucedidas na economia digital dos dias de hoje:

IA como cidadão: o crescimento da IA para benefício das empresas e da sociedade. 

Para tirar o máximo partido do potencial da inteligência artificial, as empresas terão de reconhecer o seu impacto. As empresas que procuram capitalizar o potencial da IA devem reconhecer este impacto, treinando a IA para que possa actuar como representante responsável dos seus negócios.

Extended reality: o fim da distância. 

As experiências imersivas estão a mudar a forma como as pessoas se relacionam com a informação, as experiências e entre si. Através de tecnologias como a realidade aumentada e virtual, a extended reality é o primeiro tipo de tecnologia a “deslocar” pessoas no tempo e no espaço, pondo fim à distância.

Veracidade dos dados: a importância da confiança.

Informação incorrecta, manipulada levada por tendências dá origem a perspectivas erradas e decisões mal fundamentadas. Para responder a este desafio, as empresas devem assumir um duplo compromisso: maximizar a veracidade e minimizar os incentivos à manipulação de dados.

Empresa sem atrito: concebida para parcerias em escala. 

Para crescerem as empresas dependem de parcerias baseadas em tecnologia, mas os seus próprios sistemas legados não foram concebidos para suportar esta expansão ágil e rápida. Para assumirem-se como Empresas Inteligentes e conectadas, devem primeiro procurar redesenhar-se o seu negócio.

Internet do Pensamento: criação de sistemas inteligentes e distribuídos. 

Para disponibilizar estes contextos na vida real vai implicar não apenas o aumento de competências-chave e de capacidades específicas da força de trabalho, mas também a modernização das actuais infraestruturas tecnológicas.

Pode ler o estudo na íntegra aqui.

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