Não sabe se chegou o momento de procurar outro emprego? Responda a estas seis perguntas

Os profissionais que consideram mudar de emprego este ano estão a ser aconselhados a analisar com o seu manager possíveis mudanças de funções antes de abandonar o barco, noticia a Financial Review.

 

Leah Lambart, coach de carreira e fundadora da Relaunch Me, revela que, muitas vezes, os profissionais saltam essa etapa crucial e começam a procurar uma nova função antes de tentar ajustar a actual. «Assumem que nada vai mudar, sem essas conversas abertas sequer acontecerem. Isso significa que, quando alguém se demite, o gestor é apanhado de surpresa», explica.

A coach garante que é possível os profissionais reconfigurarem as suas funções para que passem mais tempo num trabalho que os energize ou aproveite os seus pontos fortes. Esse processo é conhecido como “job crafting”.

E a preparação para essa reunião com o manager é fundamental. «Reserve algum tempo para registar o que gostaria de manter da sua função actual e o que precisaria de mudar. Talvez uma conversa com o seu manager possa ajudá-lo a chegar a um acordo e a um meio termo, o que é sem dúvida um passo na direcção certa», aconselha.

Seis questões

Victoria Mills, coach executiva e fundadora do negócio online Hello Coach, aconselha os profissionais que tencionam mudar de emprego a colocarem seis questões a si próprios:

  • Sinto-me realizado na minha função?
  • Sinto-me inspirado?
  • Existe um percurso de carreira claro para mim?
  • Sinto que estou a aportar valor à organização e sou valorizado ao mesmo tempo?
  • O meu empregador oferece oportunidades de aprendizagem e de desenvolvimento para me ajudar a crescer?
  • E sinto que sou remunerado adequadamente?

Se o profissional respondeu “sim” a pelo menos quatro das seis questões acima, a profissional recomenda não tomar qualquer decisão. Todavia, se  tiver respondido “não” a qualquer uma delas, sugere conversar com o seu gestor, promovendo práticas de comunicação aberta.

O início de um novo ano é sempre um bom momento para os colaboradores fazerem um balanço das suas carreiras, revela Michelle Gibbings, autora dos livros “Career Leap” e “Bad Boss”. Os profissionais devem questionar-se se o seu ambiente de trabalho trouxe ao de cima o seu melhor e, se a resposta for “não”, se é possível melhorar a situação.

A ameaça da automatização

Analisando o ambiente no local de trabalho, pergunte-se se há capacidade de melhoria e se é possível conversar com o seu gestor.

Os colaboradores também devem analisar se a sua função é vulnerável à automatizção e à disrupção tecnológica, acrescenta Michelle Gibbings. Dessa forma, podem descobrir se é necessário adquirir novas competências ou explorar carreiras alternativas.

É igualmente importante que o emprego esteja alinhado com os valores do colaborador, já que estudos indicam que deixar de ser verdadeiro no trabalho conduz a sofrimento psicológico.

«Outra coisa a ter em conta são as circunstâncias pessoais, porque por vezes estas mudam, e isso pode levar a querer uma função ou ambiente de trabalho diferente», conclui Gibbings, «Não dá para separar a vida da carreira – os dois andam de mãos dadas. Por isso, quando estamos a tomar decisões profissionais, devemos ser capazes de o fazer no contexto do que está a acontecer na nossa vida».

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