Comprou algum livro o ano passado? Saiba quantos portugueses o fizeram (e que género preferem)

A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) apresentou as principais conclusões de um estudo em parceria com a GfK sobre o “Mercado do Livro e Hábitos de Compra em Portugal”. Os dados recolhidos permitem concluir que 62% dos inquiridos compraram livros no último ano e, destes, 70% afirmaram que compraram o mesmo ou mais do que no ano anterior. O estudo apurou também que os jovens entre os 15 e os 34 anos continuam a ter o hábito de comprar livros, sendo quem mais comprou no último ano (28%).

Quem comprou livros, fê-lo na sua maioria (82%) para consumo próprio, sobretudo na faixa etária dos 55 aos 74 anos (87%), mas também para oferecer (53%). O formato físico do livro continua a ser claramente privilegiado (99% dos livros comprados), e as lojas físicas atraem a maior parte dos compradores (88%), mas o digital ganha terreno, tanto no formato dos livros (8% dos leitores compram livros digitais) como no canal de compra, com 39% dos compradores de livros a terem o hábito de comprar on-line.

O romance continua a ser o género literário preferido por quem compra livros (69%), logo seguido do romance histórico (52%), mas os livros infanto-juvenis continuam a alimentar 50% das compras efectuadas.

As maiores quebras de compra de livros registadas no último ano registaram-se no Porto (-14%), no Litoral (-10%) e no Interior (-10%), verificando-se 26% destas nas classes sociais mais baixas (classes C e D). Por outro lado, é nos lares com um status social mais elevado (classes A e B) que são comprados mais livros (42%).

Quando comparados os números de 2022 com o período anterior à pandemia de Covid-19, verifica-se que 68% dos compradores afirmam terem comprado o mesmo número (40%) ou até mais livros (28%). Ao mesmo tempo, a compra de livros nas camadas mais jovens (15-34 anos) subiu 44%. Por critério geográfico, o Porto sofreu uma quebra de vendas de 11%, enquanto Lisboa cresceu 5% e o Sul do país subiu 12%.