Confiança dos portugueses recupera em Junho

Em Junho, os indicadores de confiança dos consumidores e de clima económico prolongaram em Junho a recuperação já verificada no mês anterior, depois das fortes reduções observadas em Abril. Os dados constam da “Síntese Económica de Conjuntura”, do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgada esta sexta-feira.

 

Os indicadores de confiança aumentaram em todos os sectores de actividade, de forma mais expressiva na Indústria Transformadora e nos Serviços, recuperando também no Comércio e na Construção e Obras Públicas. No conjunto do segundo trimestre, estes quatro indicadores de natureza qualitativa referentes aos sectores de actividade registaram saldos de respostas extremas muito negativos, a saber, pela mesma ordem: -31,7 (-6,1 no primeiro trimestre), -52,9 (+2,7), -26,3 (+0,2) e -29,1 (-6,4).

Em Portugal, a informação disponível continua a revelar uma contracção intensa da actividade económica em Junho, embora menor quando comparada com o mês anterior.

De acordo com o Inquérito Rápido e Excepcional às Empresas (COVID-IREE), promovido pelo INE e Banco de Portugal, os resultados apontam para uma ténue melhoria da situação das empresas na segunda quinzena de Junho face à quinzena anterior.

Comparando com a situação que seria expectável sem pandemia, 66% das empresas assinalaram um impacto negativo no volume de negócios (compara com 68% na quinzena anterior). Essa percentagem aumenta para 87% no Alojamento e restauração e 80% nos Transportes e armazenagem.

De acordo com as estimativas provisórias mensais do Inquérito ao Emprego, a redução do emprego ter-se-á acentuado em maio, estimando-se que a população empregada (15 a 74 anos), ajustada de sazonalidade, tenha diminuído 2,2% face ao mês anterior e 4,0% em termos homólogos (variação homóloga de -1,8% em Abril).

A taxa de desemprego (15 a 74 anos), também ajustada de sazonalidade, situou-se em 5,5% em Maio, menos 0,8 p.p. que o valor definitivo registado em Abril (6,4% em Fevereiro e 6,6% em maio de 2019). A estimativa provisória da taxa de subutilização de trabalho foi 14,2%, em maio, superior em 0,8 p.p. ao valor verificado no mês anterior (13,0% em maio de 2019).

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