Consulting House: Os benefícios do coaching

Este artigo procura responder a uma questão simples: por que é que as pessoas e organizações que implementam processos e programas de coaching continuam a fazê-lo?

 

Benefício. Substantivo masculino proveniente do latim “beneficium”. Ganho, lucro. Beneficiação. Bem que generosamente se faz a alguém. Segundo a definição (que consta no Dicionário Priberam de língua portuguesa, online), temos uma lista das diferentes formas que um benefício pode assumir: qualitativas, quantitativas, monetárias, sem esquecer a intenção ou atitude de quem o provoca, a generosidade.

Para construir a resposta à pergunta inicialmente formulada , exemplificarei alguns tipos de benefícios do coaching, e também as dificuldades de os avaliar, através de quatro casos reais de coaching (de notar que os nomes e algumas circunstâncias dos coachees foram alterados para manter o anonimato).

CASO 1
Bloqueio na administração
André é administrador com os pelouros operacionais e de Qualidade na empresa. Partilha o Conselho de Administração com quatro pessoas. André foi escolhido para o cargo pela competência técnica nas áreas de produção, processo e qualidade. A sua capacidade de concretizar projectos granjeou-lhe o reconhecimento que o levou a este cargo. Uma das primeiras coisas que André fez quando assumiu o lugar foi um estudo de reorganização de processos.

Os números são esmagadores: a empresa pode poupar centenas de milhares de euros por ano se reorganizar os processos. Com base no estudo, André fez um desenho da nova arquitectura de processos da empresa, com a consequente reorganização de departamentos e pelouros. Apresentou-o aos colegas da administração sem qualquer sucesso. O projecto foi bloqueado. Quando iniciámos o nosso processo de coaching, André já tinha desistido de levar o projecto por diante. Estava parado há oito meses.

Tomei conhecimento do projecto como um exemplo dos problemas de relacionamento do André com a restante administração. Respondendo a um desafio meu, ele decidiu repegar nele como oportunidade para o treino de uma nova maneira de lidar com os colegas. Cerca de metade do nosso tempo de trabalho foi dedicado a este desafio.
Após cinco meses de trabalho, o André conseguiu que a administração lhe desse luz verde para o projecto. Numa sessão de follow-up, seis meses depois, André diz-me que a poupança de recursos já atinge mais de cem mil euros.

Podemos dizer que o retorno de doze horas de coaching com o André são estes cem mil euros? Ou as centenas de milhar de euros que a empresa poupará em cinco anos?

 

Leia o artigo na íntegra na edição de Dezembro da revista Human Resources, nas bancas.

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