Conversas sobre Employer Brand: O sector do Turismo em destaque

Antes da pandemia, o turismo era um sector em crescimento. Com a chegada dos confinamentos e das restrições para conter o vírus, as ruas e as praias ficaram desertas e os serviços hoteleiros tiveram de fechar. Agora resta a incerteza e a expectativa de como o sector poderá recuperar nos próximos anos. Para conhecer melhor o estado deste sector, a Randstad reuniu para uma mesa redonda de debate Verónica Franco, do comité executivo do Grupo Pestana, Gonçalo Rebelo de Almeida, administrador do Grupo Vila Galé, Teresa Copio, diretora de Recursos Humanos do Hotel Dom Pedro e Vítor Peliteiro, director de staffing da Randstad Portugal.

 

No estudo Randstad Employer Brand Research 2021, recentemente divulgado, o sector do turismo ocupa o 3º lugar em matéria de atractividade para trabalhar. No top 3 de EVP (Employer Value Proposition) encontra-se em primeiro lugar o crítério de boa reputação, que é o 16º da preferência global dos portugueses; em segundo lugar, o critério de saúde financeira, que é o 6º mais importante para os portugueses; e em terceiro lugar o critério de Covid-19 local seguro para trabalhar, o 8º de maior relevância para a generalidade dos inquiridos no estudo da Randstad. Neste sector, a empresa mais atractiva para trabalhar é o Pestana Hotel Group.

Se tiver interesse em conhecer o estudo na íntegra, solicite aqui.

Em destaque:

  • Apesar da pandemia, o turismo ocupa a terceira posição na tabela dos sectores mais atractivos para trabalhar. Este resultado surpreende tendo em conta que o turismo foi um dos sectores mais afectados, com centenas de hotéis a terem de interromper a sua actividade durante três meses.

 

  • Uma das explicações para a atractividade do sector é o peso que tem na economia portuguesa (em 2019, 9% do PIB). Outros factores que atraem os candidatos são a dimensão, as oportunidades que gera e a cobertura geográfica. Apesar da crise, é um sector que continua activo e diverso.

 

  • A expectativa de recuperação rápida também explica a atractividade do sector. A pandemia não acabou com o desejo de viajar e de socializar, e as pessoas entendem este período como uma pausa forçada. Irão mudar-se alguns comportamentos, mas o turismo está no ADN dos portugueses.

 

  • Há uma grande variedade de experiências que se pode acumular desde a entrada num hotel até chegar a uma posição de topo. O sector permite uma grande evolução profissional que também está na base dos resultados do estudo da Randstad.

 

  • Os critérios em que o sector se destaca não são necessariamente os que os portugueses mais valorizam, e isto prende-se com um problema de comunicação. Se a proposta de valor do sector do turismo não for comunicada interna e externamente, haverá uma divergência de percepções. É preciso focar nesta comunicação e reforçar os aspectos positivos de trabalhar no sector do turismo: flexibilidade, mobilidade, possibilidade de contacto com diferentes culturas, etc. O turismo é um sector de “felicidade”.

 

  • O turismo fornece muitos benefícios e regalias adicionais que outros sectores não têm.

 

  • O sector oferece muitas oportunidades de carreira. Uma pessoa pode entrar como estagiário e chegar a uma posição de topo num hotel.

 

  • A alta rotatividade condiciona a percepção da proposta de valor do sector do turismo porque as pessoas tendem a olhar para os pontos menos positivos do trabalho, sem conhecer os pontos mais favoráveis.

 

  • Esta alta rotatividade está relacionada com a sazonalidade. No entanto, muitas empresas já fazem contratos com longa duração, de forma a haver uma incorporação dos profissionais. Um grande desafio será passar esta mensagem para as novas gerações que querem trabalhar no sector do turismo.

 

  • O mundo do trabalho mudou com a pandemia. No futuro haverá maior agilidade, flexibilidade e oportunidades para as gerações mais disponíveis para viajar. A hotelaria terá de gerir em simultâneo várias gerações com diferentes motivações. No entanto, grande parte do sector voltará ao passado porque a presença de muitas das equipas do sector hoteleiro no posto de trabalho continuará a ser necessária.

 

Assista aqui ao debate, na íntegra:

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