COVID-19. O lado positivo: Com esta crise, deu-se um salto tecnológico de 10 anos

Com o Estado de Emergência a forçar as empresas a acelerarem ao máximo o processo de transição digital, a consultora IDC em Portugal estima que, em alguns casos, possam ter sido dados saltos tecnológicos de 10 anos.

 

Em declarações ao “Jornal de Negócios”, o director-geral da consultora IDC em Portugal começa por dizer que o processo de transição digital foi, até aqui, «muito lento e incremental». Contas feitas, o especialistas admite que «em duas ou três semanas» algumas organizações tenham dado saltos tecnológicos de, «pelo menos, cinco a dez anos, mas que em alguns casos pode ser equivalente a uma geração».

Antes da epidemia do novo coronavírus, a consultora apontava para que em 2023 a economia nacional atingisse uma digitalização de 50%. A primeira actualização que a consultora fez aos números mostra que, «neste momento, já atingimos, ou até ultrapassámos, os 50%».

Contudo, nem todas estavam preparadas e, segundo as previsões da IDC, algumas não conseguiram escapar às quebras no final deste ano. O impacto, diz Gabriel Coimbra, foi «brutal» e algumas empresas foram «obrigadas a repensar os seus modelos de trabalho e a relação com os clientes» para diminuir o impacto do vírus nas receitas e até mesmo evitar o fecho de portas.

Um estudo conduzido pela IDC entre 27 e 31 de Março, a que o mesmo jornal teve acesso, concluiu que a totalidade dos inquiridos (530) já implementaram ou estão a adoptar soluções de teletrabalho, como recomenda o Governo. «As grandes e médias empresas investiram em equipamento, software, segurança e serviços de telecomunicações, para garantir que os colaboradores têm condições para trabalhar em casa e para assegurar a continuidade do negócio», aponta.

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