Criação de empresas aumenta quase 6% até Setembro. É o valor mais elevado de sempre

Até ao fim de Setembro deste ano foram criadas 39 042 novas empresas em Portugal, mais 5,6% que no período homólogo e o valor mais elevado de sempre quando considerados os três primeiros trimestres, de acordo com dados do Barómetro da Informa DB.

 

Desde que há registos, o recorde na criação de empresas foi alcançado em 2019. O número de constituições de empresas até final do terceiro trimestre nesse ano foi agora ultrapassado no final de Setembro deste ano.

Os dados do Barómetro da Informa DB mostram que dois terços dos sectores registam crescimento na criação de empresas face ao período homólogo. Entre eles destacam-se os Transportes, com 4 729 constituições (+1 596 constituições; +51), o Alojamento e restauração (+394 constituições, +11%), a Construção (+344 constituições, +17%) e os Serviços gerais (+331 constituições, +16%).

As Actividades imobiliárias são o sector que mais recua na constituição de empresas (-400 constituições, -9,7%), uma tendência que se verifica na maioria dos últimos 12 meses.

Outros sectores a registar recuos são as Tecnologias da Informação e Comunicação (-146 constituições, -5,8%) e as Indústrias, o principal sector exportador nacional, cujo número de constituições nestes nove meses de 2023 foi o mais baixo de todos os anos.

No mesmo período, registaram-se 1441 novos processos de insolvência, que corresponde a um aumento de 18% (+223 processos de insolvência) face ao mesmo período do ano passado, um crescimento que se verifica em quase todos os meses do ano.

Os mesmos dados indicam que a maior parte dos sectores apresentam um aumento das insolvências, com destaque para as Indústrias e a Construção que, em conjunto, representam mais de 2/3 da subida total das novas insolvências.

O sector das Indústrias, para além de ser o sector com mais novos processos insolvência (320), é também o que regista maior crescimento neste indicador (+91 novas insolvências, +40%), em especial no subsector Têxtil e Moda na região Norte.

Depois de um grande recuo neste indicador na sequência da pandemia, há uma inversão da tendência a partir do terceiro trimestre de 2022. No entanto, até final do terceiro trimestre, encerraram 8770 empresas, menos 5,3% que no período homólogo de 2022.

Analisando os últimos 12 meses, cinco sectores de actividade registam um aumento nos encerramentos face aos 12 meses anteriores (Tecnologias da Informação e Comunicação, Actividades imobiliárias, Serviços empresariais, Agricultura e outros recursos naturais e Energia e ambiente.

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