Da base ao topo da pirâmide
Na Häagen-Dazs privilegia-se a progressão de carreira e a retenção de talentos. E Sílvia de Sousa e Mónica Galvão são a prova viva disso mesmo. Tendo chegado ao “topo da pirâmide”, o que as mantém motivadas é a vontade de fazer sempre mais e melhor.
Por Ana Leonor Martins | Fotos Nuno Carrancho
Häagen-Dazs surgiu em Portugal há 25 anos, e foi há 25 anos que Sílvia de Sousa e Mónica Galvão, integraram a empresa, quando a sede era uma garagem. A primeira começou como empregada de balcão, ainda estudante. A segunda, e de acordo com aquela que é a sua formação base, entrou para a área de Recursos Humanos. Hoje, é com orgulho que falam de uma marca que viram e ajudaram crescer, tendo crescido profissionalmente com ela e chegado a responsáveis máximas das duas vertentes do negócio: uma é directora-geral das lojas, a outra da Distribuição. O foco é nas pessoas – quer na motivação das suas equipas, quer na satisfação dos clientes – e na qualidade dos seus gelados, assegurando a capacidade de inovação.
Quer a Sílvia, quer a Mónica, estão na Häagen-Dazs há quase tanto tempo quanto a marca está em Portugal. Que empresa recordam da altura em que entraram?
Mónica Galvão (MG): Ambas começámos a trabalhar na empresa Caravela, que tem o exclusivo para desenvolvimento da marca Häagen-Dazs em território nacional, logo no seu início, ou seja, há 25 anos. Éramos uma pequena equipa, com poucos meios, cheia de entusiasmo – começámos numa garagem – e com muita vontade de dar a conhecer a marca Häagen-Dazs em Portugal.
O que mais as fascinou na altura e o que vos continua a surpreender na Häagen-Dazs, entretanto uma marca já sobejamente conhecida, com uma realidade muito diferente?
Sílvia de Sousa (SS): O que mais me fascinou, e acredito que à Mónica também, foi o desafio de começar um projecto novo de raiz e ver o desenvolvimento e evolução do negócio até aos dias de hoje.
MG: Sim. Acrescentaria a capacidade de reinvenção e a constante aposta da marca na qualidade.
Que evolução notam na Häagen-Dazs, nestes 25 anos?
MG: Trabalhamos com uma marca premium, de qualidade superior, sem aditivos nem corantes artificiais e com muito pouco ar incorporado, o que nos traz uma responsabilidade acrescida para mantermos os elevados standards exigidos pela Häagen-Dazs.
Mas e em termos de cultura corporativa, o que vos distingue?
SS: Procuramos manter sempre o foco na ética de trabalho, estruturando o negócio e trabalhando em equipa, à volta das necessidades e expectativas dos clientes, com profissionalismo, respeito, honestidade, responsabilidade e atenção aos detalhes, apostando sempre na qualidade, em todas as dimensões da actividade.
Fizerem todo o vosso percurso profissional na Häagen-Dazs. Quais as principais aprendizagens que destacariam?
SS: Como integrei a empresa ainda enquanto estudante, o crescimento da Häagen-Dazs em Portugal foi o meu próprio crescimento profissional. Ter a oportunidade de começar um negócio de raiz é muito entusiasmante e enriquecedor, e vê-lo crescer e ganhar reconhecimento é não só motivo de grande orgulho para nós como também nos permite aprender muito e todas as suas dimensões profundamente.
MG: Factores que a Sílvia já referiu, como trabalhar em equipa, ética profissional, responsabilidade, honestidade, lealdade, e também disponibilidade e vontade de fazer sempre mais e melhor, são as grandes aprendizagens que mais destacaria.
Ao longo destes 25 anos, quais têm sido os principais desafios do negócio, quer no que respeita às lojas, quer à distribuição?
MG: O nosso principal desafio sempre foi, e continua a ser, expandir o negócio sem perder qualidade, e continuar a surpreender os consumidores da Häagen-Dazs com produtos e receitas inovadores. Conseguir passar a mensagem sobre a qualidade dos nossos gelados e o que os distingue da concorrência: ser um gelado feito com quatro ingredientes base – leite, natas, ovos e açúcar – mais os ingredientes que lhe dão o sabor final, procurados mundialmente no seu país de origem para garantir a máxima qualidade, como por exemplo o chocolate da Bélgica, a baunilha de Madagáscar ou as nozes do Havai.
SS: Manter as equipas motivadas e orientadas para o cumprimento dos objectivos da empresa é também um dos nossos grandes desafios.
E que diferenças encontram, não só em termos do vosso trabalho, mas no mercado, de forma mais genérica, e das novas formas de trabalho e organização das empresas que começam a surgir?
SS: Quando a Häagen-Dazs chegou a Portugal existiam poucos centros comerciais e a oferta em termos de comércio era muito mais reduzida na altura. A abertura dos grandes centros comerciais, a entrada no mercado de uma grande diversidade de marcas e as compras online obriga-nos a uma reinvenção constante para conseguirmos dar resposta pronta às exigências dos consumidores.
MG: É verdade que o mercado mudou muito nos últimos anos e os parceiros e consumidores estão cada vez mais informados e exigentes, o que nos obriga a estar sempre atentos às mudanças e às grandes tendências de mercado. Também a introdução de novas formas e métodos de trabalho nos vieram permitir responder melhor e mais depressa aos desafios do dia-a-dia. Por exemplo, quando começámos não tínhamos acesso à internet ou às redes sociais. Actualmente, é muito difícil imaginar o nosso trabalho sem essas plataformas. E exige termos de nos estar permanentemente a adaptar e a actualizar para tirar o melhor partido das ferramentas e da informação agora disponíveis.
Leia a entrevista na íntegra, na edição de Dezembro da Human Resources, nas bancas.