Despedimentos colectivos sobem quase 50% no segundo trimestre. É o valor mais alto desde 2012

O número de despedimentos colectivos aumentou quase 44% no segundo trimestre, para 125, sobretudo nas pequenas empresas, e 2906 trabalhadores já foram dispensados, o número mais alto desde 2012, foi anunciado.

Já quanto aos despedimentos colectivos trata-se do número mais elevado desde 2021.

Segundo dados da Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) divulgados, no segundo trimestre, o número de despedimentos colectivos comunicados ascendeu a 125, quando em igual período do ano anterior tinham sido registados 87.

Destacam-se as pequenas empresas com 54 despedimentos colectivos comunicados, seguidas pelas microempresas (42), médias empresas (18) e, por último, as grandes empresas (11).

Por região, Lisboa e Vale do Tejo evidencia-se com 68 despedimentos colectivos.

Depois surgem as regiões Norte (34), Centro (19), Alentejo (três) e Algarve (um).

Já no que se refere ao sector de actividade, as indústrias transformadoras representaram 30% dos despedimentos colectivos comunicados no segundo trimestre de 2024, enquanto o comércio por grosso e a retalho, reparação de veículos automóveis e motociclos pesou 22%.

No período analisado pela DGERT, o pico verificou-se no segundo trimestre de 2012, com 262 despedimentos colectivos.

O número mais baixo foi alcançado no segundo trimestre de 2018 e de 2022, ambos com 73 despedimentos colectivos.

Neste trimestre, somaram-se 2906 trabalhadores despedidos, acima dos 1126 do período homólogo.

Este é o número mais alto, pelo menos, desde 2012.

O número de trabalhadores efectivamente despedidos é mais elevado em Lisboa e Vale do Tejo (56%), seguindo-se o Norte (33%).

A despedir, por seu turno, estão 3123 trabalhadores, quando em igual período do ano passado estavam 1216.

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