Doutor Finanças: Uma equipa multidisciplinar com um propósito comum

O crescimento célere do Doutor Finanças, a pandemia e o novo formato de trabalho tornaram necessário revisitar e clarificar a proposta de valor enquanto marca empregadora.

 

Entre 2020 e 2021, o Doutor Finanças registou um crescimento que implicou um recrutamento mais intensivo para as várias áreas da empresa. Neste período, que coincidiu com as diferentes fases da pandemia, a equipa quase que duplicou, passando de cerca de 100 colaboradores para 180. Esta fase implicou novos desafios para a empresa, sendo um deles a atracção de talento, em particular em áreas mais competitivas como a tecnologia, o que é crítico para o Doutor Finanças enquanto fintech.

Por outro lado, Fernando Rente, director de Marketing Corporativo, lembra que «este foi um período de adaptação a um novo formato de trabalho – remoto – e a tudo o que isso implica do ponto de vista de liderança, gestão de equipas e, sobretudo, em termos de cultura, o que colocou a marca empregadora, também numa perspectiva interna, no centro das atenções da equipa de gestão».

Para desenvolver esta estratégia, a empresa começou por revisitar a marca corporativa, no seu todo, para depois clarificar os valores da marca e a sua missão através da comunicação interna. Este processo ficou concluído em 2022.

Quanto à EVP, Fernando Rente afirma que «a proposta de valor tem de ser sentida, percebida e reconhecida pelo nosso cliente interno que todos os dias está em contacto com os aspectos mais materiais da marca, através da cultura e dos comportamentos da equipa. Durante este processo, tivemos muito presente que a marca empregadora do Doutor Finanças existe, antes de mais, para dentro, para promover a identificação das pessoas com a organização, com os seus valores, o seu propósito, aquilo que ela representa».

O Doutor Finanças procura que a sua marca empregadora seja única no mercado e tem como propósito «empoderar a vida das pessoas através de melhores decisões financeiras». Assim, o objectivo para o exterior é que a experiência com o Doutor Finanças acrescente valor às pessoas, seja em forma de conhecimento ou através de poupanças no seu orçamento mensal. «Saber o impacto positivo que podemos gerar na vida das pessoas dá-nos um enorme sentido de missão», comenta Fernando Rente.

Um outro pilar estratégico para a empresa é a valorização da diferença, ou seja, «o reconhecimento da importância da individualidade e do empoderamento individual (não individualismo) para a construção do colectivo. Diferentes formas de ver o mundo acrescentam muito valor àquilo que fazemos e à forma como o fazemos».

Esta ideia de poder fazer a diferença está alinhada com os valores da empresa e, assim, a narrativa da marca empregadora foi criada com esta base: «o Doutor Finanças é o sítio onde podes encontrar o teu propósito. Aqui tu podes ser diferente, fazer diferente e fazer a diferença na saúde financeira das pessoas. Aqui tu podes ser tu», explica o director de Marketing Corporativo. É desta ideia que surge a assinatura da marca empregadora “Aqui tu podes”.

Actualmente a empresa encontra-se na fase de consolidação da estratégia. Em 2024 será lançado um novo projecto de aproximação às faculdades, parceiros essenciais para iniciativas como formação em finanças pessoais; atribuição de bolsas de mérito; e apoio a projectos académicos, entre outros. Neste novo ano, será ainda lançado um programa de Embaixadores no campus.

 

Atracção e Fidelização
Para Marisa Rosa, directora de Pessoas e Cultura Organizacional do Doutor Finanças, «o processo de atracção e recrutamento de candidatos é construído com base nas competências comportamentais, que valorizamos muito mais do que as competências técnicas. Prova disso é que o background dos nossos doutores é distinto entre si – as áreas da medicina veterinária e da nutrição são os melhores exemplos desta diversidade de vivências e experiências profissionais».

A responsável acrescenta que a atracção, recrutamento e manutenção do talento no Doutor Finanças espelham a cultura digital da empresa porque todo o processo, do anúncio ao onboarding, é online. Nas entrevistas, o principal objectivo é «avaliar as competências comportamentais e o fit cultural, aspectos a que damos primazia. As características técnicas, apesar de também terem peso, são algo que podemos treinar através de formação, que como também já mencionado, é um dos nossos focos principais no que às práticas de gestão de pessoas diz respeito. É o equilíbrio entre as competências comportamentais (vulgo soft skills) e o alinhamento cultural e as competências técnicas (hard skills) que nos permite identificar os Doutores que trazem valor acrescentado à organização. Esta forma de estar e ser tem permitido que sejamos certeiros na hora de reforçar o nosso activo humano, e isso traduz-se num índice de turnover inferior ao que podemos observar noutras realidades empresariais».

No que diz respeito à fidelização de talento, ao longo do tempo, a empresa tem apostado em projectos de desenvolvimento dos colaboradores. Marisa Rosa explica que «a aposta na formação dos nossos doutores sofreu um crescimento contínuo e significativo nos anos de 2022 e 2023. Actualmente temos, em média, cerca de 45 horas de formação por doutor. Só foi possível alcançar esta média através da comunicação fluída que tem sido o nosso barómetro, no sentido de sabermos e sentirmos o que as nossas pessoas pretendem e têm como objectivo, não só em termos de melhoria de skills, mas também na obtenção de novas competências».

No Doutor Finanças, os colaboradores participam no processo de construção do seu plano de formação anual, para que cada um tenha o seu plano de formação personalizado e individualizado. Para além das necessidades operacionais, são tidas em conta as motivações de cada um na construção do seu próprio plano de formação.

Em conclusão, Marisa Rosa acrescenta que «acreditar convictamente que as organizações são pessoas, facilita todo o exercício de identificar medidas potenciadoras do bem-estar e progressão destas em contexto organizacional. Quanto ao futuro, as nossas pessoas vão continuar a estar no centro das decisões».

Fernando Rente
Director de Marketing Corporativo, Doutor Finanças

Marisa Rosa
Directora de Pessoas e Cultura Organizacional, Doutor Finanças

 

 

 

 

 

Este artigo faz parte do especial “Employer Branding Best Practices” publicado na edição de Janeiro (n.º 157) da Human Resources, no âmbito da Employer Branding Conference 2024, promovida pela Talent Portugal.

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