DRH/DGP a CEO…

Ricardo Florêncio

O tema do porquê de os DRH/DGP não chegarem a CEO voltou a ser abordado em diversos fóruns. E a questão é mesmo essa. Deveria ser um não assunto, mas é um assunto. E o que interessa analisar é porque é que é assunto. Qual a razão de serem poucos os profissionais que são, ou foram, DRH/ DGP e que chegam a CEO? Não serão estes dos mais bem preparados e munidos muitas vezes das soft skills necessárias para desempenharem as funções de CEO e presidente? Qual a razão das áreas Financeiras, Comerciais, Comunicação, Marketing e outras terem a via mais aberta para estes cargos, em detrimentos dos primeiros? Não parece haver nenhuma razão em concreto.

Ou então, temos de recuar mais na discussão deste assunto e equacionar o papel que estes profissionais desempenham nas organizações, que importância efectivamente têm. São estratégicos? São de vital importância e decisivos nas organizações? Claro que são. Ou melhor, deveriam ser. Mas as organizações, os próprios CEO e os seus pares dão-lhes essa importância?

A outra vertente desta análise também se pode prender com os seus perfis, competências, características. Terão os actuais DRH/DGP estas características, essenciais ao desempenho destas funções? Muitos deles certamente. Mas globalmente terão? E já agora, quais serão realmente essas skills necessárias?

Teremos de transformar este assunto num não assunto. E esse caminho terá de trilhado e aprofundado, pois a questão não faz sentido.

Editorial publicado na edição de Outubro de 2016 da revista Human Resources

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