Eduardo Caria, Grupo Ageas Portugal. Construindo organizações resilientes: investindo em saúde, bem-estar e adaptação ao futuro do trabalho

Na análise aos resultados da 52.ª edição do Barómetro da Human Resources, Eduardo Caria, director de Pessoas & Organização do Grupo Ageas Portugal, afirma que «o impacto da IA a médio prazo será muito significativo, ressaltando a importância de investimentos sólidos na capacitação e adaptação das competências dos colaboradores para o futuro».

«O LII Barómetro Human Resources trouxe insights interessantes sobre a realidade das empresas portuguesas na gestão de Recursos Humanos. Destacam-se duas conclusões importantes: por um lado, a rotatividade e o absentismo não são prioridades para a maioria das organizações.

Apenas 8% consideram a rotatividade preocupante, enquanto 68% vêem o absentismo como aceitável ou não preocupante, sugerindo uma cultura organizacional flexível em relação à assiduidade dos colaboradores; por outro lado, é preocupante que 44% das ausências no trabalho estejam relacionadas a questões de saúde, indicando a falta de medidas preventivas por parte dos empregadores.

Com o aumento do ritmo de trabalho e a crescente preocupação com a saúde mental no ambiente profissional, torna-se essencial que as organizações incorporem programas de saúde e bem-estar, priorizando o bem-estar, a produtividade e a adaptação ao futuro do trabalho para reter talentos e manter um ambiente saudável.

É fundamental considerar o futuro e a adaptabilidade das organizações, especialmente diante das preocupações crescentes com novas tecnologias. Cerca de 53% das empresas afirmam que a utilização da inteligência artificial (IA) em tarefas antes desempenhadas por humanos está a aumentar. Nesse contexto, a necessidade de capacitar e actualizar o conhecimento e as aptidões da força de trabalho é uma prioridade para 77% dos entrevistados.

Acredito que o impacto da IA a médio prazo será muito significativo, ressaltando a importância de investimentos sólidos na capacitação e adaptação das competências dos colaboradores para o futuro.»

Este testemunho foi publicado na edição de Abril (nº.160) da Human Resources, no âmbito da LI edição do seu Barómetro.

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