Empresas consideram sistema fiscal português mais eficaz mas ainda complexo

Segundo o estudo da Delloite, cerca de 30% das organizações consideram que as medidas do OE 2015 terão um impacto positivo nas empresas. No entanto, 43% continuam a achar o sistema fiscal complexo, mais 21% do que em 2014.

De acordo com o Observatório da Competitividade Fiscal da Deloitte 2015, apesar de verem as medidas do OE 2015 como positivas, apenas 30% das empresas revelam que terão um impacto positivo na sua empresa, face aos 48% que não prevêem qualquer impacto. Contudo, em termos gerais, as organizações estão este ano mais convencidas de que a política fiscal adoptada pelo Governo serve como motor de desenvolvimento e favorece a competitividade das empresas nacionais (58%, face a 54% em 2014).

Contribuem para este resultado as políticas fiscais adoptadas pelo Governo através do OE 2015, bem como as Reformas do IRS e da Fiscalidade Verde, que, segundo as companhias, vão sobretudo contribuir para a consolidação orçamental (58%) e para a estabilidade da política fiscal (25%). Em sentido contrário, as empresas acreditam que o OE 2015 não terá impacto ao nível do incremento das exportações (81%), redução do desemprego (67%) e fomento da pesquisa e desenvolvimento (63%).

A percentagem de inquiridos que consideram o sistema fiscal português ineficaz cai de 78%, em 2014, para 54%, este ano. Contudo, há hoje mais empresas a avaliar o sistema como mais complexo, um aumento de 21% para 43%, de 2014 para 2015, respectivamente. Esta é uma tendência que se vem intensificando desde 2013.