Empresas portuguesas têm bons níveis organizacionais mas não estão bem preparadas para o futuro, revela estudo

De acordo com o Organizational Excellence Index (OEI), um estudo da Odgers Berndtson, os líderes de negócio revelam uma elevada satisfação para com o desempenho das suas organizações ao longo dos últimos dois anos, mas uma preocupação para com a preparação das mesmas para os desafios de futuro.

 

O estudo tem por base o modelo de Organizational Excellence da Odgers Berndtson, que permite avaliar a proficiência das organizações nos comportamentos subjacentes às principais dimensões de actuação.

«Os dois últimos anos são percepcionados pelos líderes de negócio como anos de desempenho positivo das suas organizações, especialmente tendo em conta o contexto desafiante que enfrentaram», começa por explicar Pedro Mêda, partner da Odgers Berndtson e responsável pelo estudo. «Ainda assim, estes mesmos líderes apresentam-se mais apreensivos com a preparação das suas empresas para com os desafios de futuro.»

O estudo revela ainda que as empresas que relatam melhor desempenho são também as que apresentam índices de Organizational Excellence mais elevados.

As empresas que reportam melhor desempenho, apresentam ainda outra característica em comum, a excelência em cinco comportamentos organizacionais específicos:

  1. Antecipam tendências e o seu impacto no futuro do negócio;
  2. Eficácia na gestão financeira e de risco;
  3. Detêm elevados padrões de desempenho e exigência de excelência nos resultados;
  4. Fomentam a inovação e melhoria de processos;
  5. Investem nas competências necessárias para fazerem face aos desafios futuros.

Perspectivando os desafios de futuro e a forma como as organizações em Portugal se devem preparar, o Organizational Excellence Index aponta para duas dimensões críticas do modelo – Consistent Delivery e Great Leadership.

Estas dimensões, segundo o estudo, devem ser entendidas como as que, tendencialmente, terão um impacto mais directo no desempenho das organizações. Desde a competência da liderança de topo e da pool de talento na gestão intermédia, à definição de padrões de desempenho e à promoção de autonomia e responsabilização, estes são alguns dos comportamentos organizacionais que deverão acompanhar a agenda dos líderes de negócio.

Outra conclusão do estudo revela que 68% dos participantes do estudo colocaram a preocupação específica que os líderes nacionais têm com a dimensão de Talent Management, como uma das três principais preocupações para os próximos anos, acelerando a urgência com que este tema tem sido trabalhado nas suas organizações. Desde a adopção de processos estruturados para identificar as competências críticas do amanhã, à implementação de programas de desenvolvimento cada vez mais personalizados e orientados ao futuro, passando ainda pela mobilidade do talento para as funções mais críticas, ou pelo ajuste de políticas e processos de Recursos Humanos, que criam os contexto adequado para os colaboradores entregarem cada vez mais valor, de forma cada vez mais ágil e eficiente.

Os próximos passos propostos pela Odgers Berndtson baseados nas conclusões do Index são claros: diagnosticar as oportunidades de melhoria de cada organização; priorizar os comportamentos que maior valor acrescentarão face à estratégia do negócio; planear as iniciativas para promover a melhoria das áreas prioritárias; e iniciar o caminho de transformação com a implementação destas iniciativas.

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