Esta empresa está “sempre a recrutar”. E desvenda como o consegue

A necessidade constante de atrair talento levou a STEF a lançar a maior campanha de employer branding até à data. Os resultados superaram as expectativas, mas tudo faz parte de um desígnio maior: cuidar das pessoas.

 

Por Tânia Reis

 

A operar nas áreas da logística e transporte de produtos alimentares, a STEF está presente em Portugal desde 1995, com 13 plataformas de Norte a Sul. Para conseguir manter o crescimento acelerado e sustentável do grupo, lançou uma nova campanha de employer branding. Globalmente, «a cada ano que passa, há necessidade de recrutar o equivalente a quatro mil novos empregos», explica Carlos Figueiredo, director de Recursos Humanos da empresa em Portugal, acrescentando que, por cá, essa realidade também é um facto. «Recrutamos aproximadamente cerca de 25% de novos efectivos todos os anos. É caso para dizer que, na STEF, estamos sempre a recrutar.»

A campanha teve início há cerca de um ano, em França, com objectivos bem definidos: atrair, desenvolver e reter talento e, simultaneamente, reforçar a imagem da empresa no mercado enquanto empregador de referência. «Foi, de longe, a maior e melhor campanha de employer branding da STEF, dotada de um forte investimento, presente em vários meios, com especial destaque para as principais redes sociais.» E «os grandes protagonistas são os colaboradores, que emprestaram a sua imagem e deram o seu testemunho», conta Carlos Figueiredo.

No mercado nacional, está no ar há aproximadamente sete meses, e o balanço não podia ser mais positivo. «Nunca tivemos uma manifestação de interesse por parte de tantos candidatos, que nos remetem espontaneamente os seus currículos, assim como, através das redes sociais, tantas visualizações, cliques, likes e comentários», assegura.

Certificada Top Employer pelo Top Employer Institute – a STEF Portugal foi a primeira empresa do grupo a consegui- lo –, «o ciclo da atractividade, que incorpora a atracção e selecção, propriamente ditas, o desenvolvimento e formação, bem como a retenção ou fidelização de talentos» assumem destaque na estratégia de Gestão de Pessoas do grupo. Designada People Care, integra a prioridade “Comprometidos para um Futuro Sustentável”, do plano 2022-2026, e tem como pilares: reforçar a capacidade para atrair talentos; apostar na Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI); desenvolver novas oportunidades de evolução profissional, mobilidade e promoção interna; assim como inovar na forma como pensam e constroem “new ways of work” e respondem às expectativas das novas gerações. «Na STEF, fazemos tudo isto com um propósito comum: ter equipas empenhadas, todos os dias, para sustentadamente e em segurança, garantir o acesso à diversidade alimentar para todos», reforça o director de Recursos Humanos.

Em Portugal, a empresa conta actualmente com 540 colaboradores, a larga maioria no quadro efectivo, e, «para satisfazer necessidades e acréscimos de ordem excepcional, directamente relacionados com os picos de actividade e imponderáveis dos clientes», mantém igualmente um quadro de trabalhadores eventuais.

Na organização, o meio milhar de trabalhadores divide-se, no essencial, em dois perfis-tipo. Por um lado, os colaboradores mais operacionais, a maioria dos quais trabalha nas plataformas logísticas e no sector dos transportes, quase exclusivamente rodoviários. «Este grupo é maioritariamente masculino, com idades compreendidas entre os 25 e 50 anos, nacionalidade portuguesa – sem prejuízo da importância crescente de outras nacionalidades, com destaque para a brasileira, indiana e dos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa) –, ensino secundário, e residem, tipicamente, na proximidade das instalações da STEF», aspecto cada vez mais desafiante dada a escassez de pessoas, realça.

Já no que respeita aos quadros, responsáveis e técnicos especializados, têm habilitações académicas superiores, estão «na faixa etária dos 30 aos 55 anos, com as mulheres a representarem cerca de 35% do total, e são sobretudo portugueses, e vários franceses em mobilidade internacional».

 

Leia o artigo na íntegra na edição de Setembro (nº. 165) da Human Resources.

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