Europa em desvantagem para atrair talento
Os bancos europeus estão em desvantagem competitiva quando tentam atrair colaboradores de elevado desempenho, avisa o novo relatório da Mercer.
Em causa estão as diferentes abordagens adoptadas por reguladores europeus e americanos que criam condições desiguais. O estudo inquiriu 63 organizações financeiras internacionais, da banca aos seguros.
Como consequência, os bancos europeus poderão ter de pagar mais que os concorrentes norte-americanos para atrair talentos, de modo a ultrapassar limitações impostas pela regulamentação.
A abordagem americana em matéria de regulamentação da remuneração nos serviços financeiros pós-crise financeira baseia-se em princípios. Já a Europa adoptou uma abordagem normativa: os reguladores indicaram especificamente a forma como esperam que as empresas estruturem diferimentos e o tipo de instrumentos de remuneração a utilizar.
“A nossa pesquisa sugere que se está a criar uma situação de concorrência desleal, o que significa que o objectivo inicial de algumas reformas não está a ser cumprido. Por um lado, a abordagem europeia aumentou a coerência na elaboração de programas de remuneração. Por outro, causou algumas alterações que implicarão mais custos para as empresas”, explica Marta Sacramento, responsável da equipa de consultoria de capital humano da Mercer Portugal.