Existem seis tipos de chefes idiotas. Aprenda a lidar com eles.
É verdade, agora já existe um manual para ensinar “Como Sobreviver a um Chefe Idiota”. É assim que se chama o livro de Vera de Melo, lançado esta semana, na Estufa Fria, em Lisboa, para ajudar a «lidar e a ultrapassar as adversidades no seu ambiente de trabalho. Confira algumas das dicas.
O primeiro livro da psicóloga clínica Vera de Melo “Como Sobreviver a um Chefe Idiota” já se encontra à venda nas livrarias nacionais. O lançamento aconteceu dia 12 de Novembro e o evento contou com a participação do ator Manuel Marques, que escreveu o posfácio, e do autor do prefácio da obra João Paulo Petiz, que é também colaborador na empresa Set Goals, que a escritora dirige e «que vai facturar meio milhão de euros no final do ano».
Os 15 anos de experiência de Vera de Melo em consultoria de Recursos Humanos, além da sua formação em psicologia, possibilitaram-lhe responder ao desafio da editora Ego.
Fomos espreitar e descobrimos que há seis tipos de “chefe idiota”.
1- Chefes perfeitos
Aqueles «que se julgam uma divindade. Não são um idiota clássico, mas sim um bem mais refinado».
Características: «apresentam-se como perfeitos; dão muito valor à imagem, são vaidosos; adoram poder e gostam de ser tratados com deferência; para eles tudo são facilidades e vivem num mundo perfeito; rodeiam-se de idiotas, fieis seguidores; julgam-se donos absolutos da verdade e que só eles são verdadeiramente competentes».
2- Chefes maquiavélicos
São os que «usam a inteligência e a esperteza para chegar ao poder».
Características: «acham-se demasiado inteligentes; são eficientes e eficazes em ganhar independentemente do bem-estar alheio; o foco são eles próprios e a sua ânsia pelo poder».
3- Chefes perseguidores
O objectivo de vida deste chefe-tipo é o de perseguir os colaboradores.
Características: «têm prazer em provocar sofrimento e deixar os colaboradores em constante sobressalto; aparecem de repente e parece que estão em todo o lado; a sua actividade preferida é descobrir novas formas de implicar com os seus colaboradores; falta de confiança para com os outros».
4- Chefes paranoicos
Este chefe idiota acredita «que todos estão a persegui-lo e que tudo e todos se constituem como uma ameaça».
Características: «procura conspirações contra ele, podendo inventa-las, pois acredita que há sempre alguém a sabotar o seu desempenho; não confia em ninguém e controla tudo ao mais ínfimo detalhe».
5- Chefes que negam ser chefes
O tipo de idiota «mais frequente do que poderíamos pensar».
Características: «não manifestam verdadeiro interesse, nem têm grande influência direta no negócio, acabando por delegar todas as tarefas na equipa».
6- Chefes amigalhaços
Por fim, este chefe idiota «quer ser amigo dos colaboradores e, amiúde, confunde trabalho com vida pessoal».
Características: «impõem a sua presença em eventos, mesmo quando não convidado e pode amuar ou ficar triste; procura o lazer, esquecendo o verdadeiro foco e os objetivos a alcançar».
Como sobreviver?
Algum é o seu chefe? Se sim, pode aprender a mudar a forma como lida com ele.
A autora oferece algumas dicas de sobrevivência na relação com um chefe idiota, que podem «tornar o seu dia-a-dia e a sua convivência no trabalho bem mais fácil»:
-Não seja, você próprio, um idiota
– Pratique a empatia
– Controle a relação
– Não fale negativamente da sua chefia
– Evite cair no buraco negro da atribuição de culpa
– Pare de reclamar e actue
– Não implique com o seu chefe
– Lembre-se, todos os dias, que não é invisível
– Apesar de idiota, não considere o seu chefe um inimigo
– Pratique a discrição
– Crie uma ilusão
– Mude as “lentes” e suavize
– Conceda-lhe primazia na informação
– Nunca se deixe apanhar sem nada para fazer
– Seja persistente
– Liberte-se da raiva
– Combata o mau humor
– Não implore que gostem de si
– Não minta e seja autêntico.
Em “Como Sobreviver a um Chefe Idiota” pode, também, encontrar a receita para não se tornar um chefe idiota, entre outras ideias para identificar e lidar da melhor forma com um. Além de que, na obra, Vera de Melo explica que, em certas situações, se nada resultar, desistir pode ser o caminho a seguir.
Texto: André Moura Pereira