Floene diz “Olá ao futuro”

Com 175 anos de existência e uma nova identidade, a Floene é uma referência na distribuição de gás e transição energética. Para o sucesso desta missão aposta na auscultação dos colaboradores e na importância do onboarding.

 

No passado mês de Outubro, a empresa secular desvinculou-se do universo Galp, lançando-se com uma nova identidade e, principalmente, com uma nova forma de estar no mercado. Esta foi a resposta que a organização encontrou para os desafios que se colocam ao mundo em geral e ao sector da energia em particular, reflecindo a aposta da Allianz Capital partners, o novo accionista de referência da Floene.

Nascer com 175 anos de história é uma responsabilidade acrescida. Para o grupo, este é o momento de inovar, captar e entusiasmar, salvaguardando o legado de experiência e de competência reconhecida.

 

OUVIR OS COLABORADORES

Há cerca de um ano, de forma a definir os pilares da identidade da empresa – a base da construção da nova marca – o grupo Floene realizou um processo de auscultação transversal a todos colaboradores, através do qual foi possível começar a ouvir a sua voz. Foi na sequência desse diálogo permanente que começaram a olhar para a experiência dos trabalhadores, naquilo que era o seu dia-a-dia na empresa, tendo como principal objectivo compreender a sua génese, de forma a poder criar mudanças eficazes. E tudo isso com a clara noção de que era importante continuar a ouvi-los!

Para Nuno Ribeiro Ferreira, director de Gestão de Pessoas, Cultura, Ambiente e Segurança da Floene, «conhecer em detalhe os reais desafios de uma organização, o que cada pessoa pensa e sente que necessita ou as expectativas que existem na construção do futuro, é fundamental para ajustar os processos de gestão de pessoas à realidade de cada empresa. É por este primeiro passo que temos de começar. Ouvir, questionar, compreender… e só depois procurar transformar».

Desde o primeiro momento que a equipa de Gestão de Pessoas teve a preocupação de conhecer aprofundadamente a organização, de mapear os pontos de contacto das pessoas com a empresa, de forma a perceber quais deles funcionavam bem e quais necessitavam de ser melhorados. A identificação dos pain points era essencial para perceber onde tinham de actuar prioritariamente.

Inspirados em metodologias de design thinking, ouviram novamente as pessoas. Conduziram entrevistas estruturadas com decisores e colaboradores, e dinamizaram grupos de trabalho de redesenho de experiência, com as personas identificadas no diagnóstico. Esta acção ajudou a reconhecer os pontos de melhoria em toda a experiência e a definir as prioridades de intervenção. Acima de tudo, a equipa focou a atenção em três áreas de intervenção prioritárias, redefiniu os modelos de gestão de desempenho e carreiras, e transformou a experiência de todos os que se juntam à empresa.

Na opinião de Ana Miranda, responsável da área de Felicidade de Pessoas, «um dos pontos essenciais da experiência do colaborador e decisivo para a construção de uma relação positiva com a organização é o processo de onboarding. O momento de entrada em qualquer organização é, acreditamos nós, decisivo na construção de relações positivas e, inevitavelmente, a primeira impressão que as novas pessoas têm em relação à empresa. Responder a perguntas, como “Quem/o que somos; como é que pensamos e agimos; qual o nosso respeito e sensibilidade com quem nos rodeia”, é algo que acreditamos ser de extrema importância ter em consideração», complementa.

 

NOVO PROCESSO DE ONBOARDING

Tendo em conta a importância desta etapa na relação com a empresa, a Floene estabeleceu um novo processo de onboarding, assente em três pilares. O Welcome Day é o primeiro deles e consiste na apresentação dos 175 anos da história da empresa, do “quem somos” e de quais os desafios que se colocam no futuro da actividade da mesma. Existe, ainda, a entrega de um kit de boas-vindas, assim como uma visita às instalações, incluindo todos os serviços de suporte disponibilizados pela Floene.

O segundo ponto do processo compreende a entrega do Manual de Colaborador. Neste, o colaborador poderá encontrar toda a informação necessária, organizada e compilada, sobre como sobreviver na empresa, conhecer o propósito e os valores que norteiam a marca, a visão para a empresa e para o mercado em que operam, quais os compromissos com o planeta e com a sociedade, e até questões mais processuais, como políticas da empresa, utilização dos vários sistemas de IT disponíveis, informações sobre as instalações, benefícios e dicas sobre as diferentes zonas geográficas.

Por fim, a “Imersão na Actividade” define o dia de partilha entre as diversas unidades da empresa, com as pessoas que entram em cada mês, no qual se exploram os estímulos de cada dia na vida da empresa, assim como os desafios estratégicos colocados ao futuro do negócio. Visitam-se, ainda, os locais de contacto directo com os clientes, de forma a partilhar uma visão global sobre a actividade e o impacto da mesma na função que cada um irá desempenhar.

O processo de onboarding ajuda os colaboradores a sentirem-se bem-vindos, conectados e seguros. Quando estruturado, o processo potencia o desempenho do colaborador e o sucesso da organização. Nesse sentido, Joana Seixas, responsável pela Cultura e Comunicação Interna, acrescenta: «Queremos que o acolhimento de novos colaboradores funcione como a primeira experiência imersiva na cultura da empresa. Partilhamos o nosso propósito, como estrela guia de tudo o que fazemos, enquadramos o respeito, a colaboração e a audácia, como a ligação entre o que já somos e o que queremos ser. Queremos que o contacto directo entre quem chega e quem já está, em todas as nossas áreas, funcione como um elemento de ligação entre as equipas, mas sobretudo entre as pessoas», conclui.

 

OS PRIMEIROS TRAINEES

A equipa de gestão da Floene fez coincidir a entrada dos seus primeiros trainees com o lançamento deste novo formato de acolhimento. Ter este grupo a testar o novo modelo, permitia validar o processo com quem chega ao mundo do trabalho e, ao mesmo tempo, receber o feedback de uma geração mais aberta e propensa à partilha de perspectivas.

Para a empresa, esta experiência de acolhimento foi extremamente rica e, além de uma interacção mais intensa com as áreas de negócio e as suas equipas, foi realizada uma visita ao terreno e aos vários pontos de operações da Floene no país. Foi uma oportunidade única para se ter uma percepção da extensão e impacto da empresa nas comunidades onde se encontra e das competências que tem de reunir, de forma a afirmar a liderança na distribuição de gás natural e gases renováveis (o biometano e o hidrogénio).

Numa primeira experiência, que se revelou mais intensa e até mais intimista, cada colaborador teve oportunidade de identificar o seu perfil de competências e de comunicação, a sua forma de se relacionar com os outros e a possibilidade de assumir para si o seu crescimento futuro. Com isso, a empresa pretendeu não apenas integrar cada um nas funções que vai desempenhar, mas oferecer também ferramentas que vão permanecer além do momento presente.

«Este momento foi um marco para nós, pois estes primeiros trainees da Floene entraram exactamente no dia que a marca foi lançada. Ou seja, houve uma visão comum e, sobretudo, um esforço conjugado de diferentes áreas, para que este grupo tivesse a experiência positiva e o impacto de serem recebidos no evento de lançamento da Floene», partilha Leonor Fontainhas, responsável pela área de Desenvolvimento de Pessoas.

A Floene considera o onboarding um dos momentos mais importantes para sucesso da entrada dos novos colaboradores na empresa, tendo em conta o facto de este ser o reflexo dos valores da marca: audácia, respeito e colaboração. «O respeito é respeitar a individualidade de cada um. E o individuo deve respeitar o contexto onde se encontra. Ou seja, acaba por ser uma relação bilateral de respeito, que nos permite conjugar as duas dimensões: a individualidade e os valores da organização a que pertencemos, criando um sentido de colectividade», conclui Nuno Ribeiro Ferreira.

“Olá, Futuro, olá, Floene!” A construção do futuro da Floene passa por este “mantra”. Por trazer e manter pessoas que estejam alinhadas com a empresa nesta missão de construir um futuro melhor dentro de um sector que está em evolução acelerada – o da energia e, em especial, dos gases renováveis, como aposta de futuro.

 

Este artigo faz parte do Caderno especial “Onboarding e inboarding” publicado na edição de Dezembro (n.º 144) da Human Resources.

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