Formar gestores a 100%
Para ter um percurso de sucesso no mundo actual, onde as mudanças são rápidas, silenciosas e inevitáveis, é preciso estar disponível para aprender. De outra forma, acaba por se ser devastado pela novidade que não se domina. É para responder a esta necessidade que a Dynargie aposta na formação
Teresa Passos, managing partner e responsável pela área da Formação da empresa, põe-nos a par do caminho a seguir, garantindo que poder experimentar novas alternativas é uma das formas mais eficazes de aprendizagem.
HR: Qual a importância do desenvolvimento e formação das Pessoas para a Dynargie?
Teresa Passos (TP): O mundo em que vivemos e consequentemente as organizações em que estamos inseridos existem em contexto de mudança. O que sabemos “hoje” já não é adaptado aos desafios de “amanhã”. Aceitando estas premissas como válidas, a Dynargie vê o desenvolvimento e formação das pessoas como um processo natural e incontornável, ou seja, todos vamos aprendendo ao longo da vida – muitas vezes por tentativa e erro… O que a Dynargie propõe é funcionar como catalisador criando momentos de desenvolvimento numa lógica estruturada e dentro de um registo experiencial: aprendemos melhor quando temos liberdade de experimentar diferentes abordagens e temos connosco alguém que nos orienta na reflexão do que funciona e do que pode ser melhorado.
HR: Quais as formações/ programas inter-empresas que a Dynargie proporciona aos executivos e dirigentes?
TP: A Dynargie possui uma oferta de seminários inter-empresas muito diversificada que cobre diferentes valências que o gestor aplica no seu dia-a-dia. Damos formação em Gestão Dinérgica, ou seja, como ser um “gestor a 100%”. Na gestão eficaz da equipa, na construção de uma relação de confiança com a chefia, na condução de diferentes tipos de reuniões, em situações de negociação em sentido lato. Disponibilizamos, ainda, a Liderança Personalizada, isto é, como criar condições para desenvolver a minha equipa de um modo intencional e cirúrgico. A formação Apresentações Dinérgicas trata de ensinar a realizar apresentações em público com um maior grau de conforto e eficácia na gestão das intervenções do público. E, ainda, a Inteligência Emocional, de forma a equilibrar uma abordagem racional das situações, pessoas com a dimensão emocional que interfere naturalmente.
HR: Tem também uma pós-graduação.
TP: Em Leadership & Management nasceu de um desafio de um cliente que pretendia criar um programa de desenvolvimento dos seus quadros que fosse diferente e inovador… e desafiámos o ISEG. Apesar do cliente ter decidido suspender este projecto, decidimos avançar, em conjunto com o ISEG, neste projecto de pensar uma pós-graduação que fosse diferente. Diferente como? Na divisão do programa curricular em duas partes simétricas entre a componente hard e a soft da Gestão; na exposição dos alunos a diferentes metodologias em sala (exemplo: Lego Serious Play; simulador web based de Gestão de Pessoas Mood Explosion; estudo de casos, role-plays com feedback de aperfeiçoamento, Behavioural GPS de diagnóstico do perfil de liderança pessoal numa lógica de 3600, trabalhos práticos e defesa em grupo), na criação de workshops com convidados com uma experiência profissional, de vida que merece ser partilhada… Para o ano avançamos para a 4.ª edição deste programa e as candidaturas estão já a bom ritmo.
HR: Quais os objectivos a este nível?
TP: O nosso objectivo na pós-graduação é criar oportunidades para provocar a reflexão das pessoas, integrando a experiência profissional que já possuem, no mínimo devem ter dois anos, de preferência, com funções de chefia, com novos modelos e casos práticos que nos questionem de uma forma construtiva.
HR: Qual o perfil dos formandos? São provenientes de que sectores?
TP: Os participantes que integram os nossos programas de formação são de áreas, profissões, sectores muito variados e dimensões distintas. Globalmente, trabalhamos com três grandes grupos de populações dentro das organizações: Management, Comercial e Customer Service. Quanto ao nível de senioridade temos tido projectos com participantes de níveis de senioridade muito diferentes – basicamente cobrimos toda a estrutura da organização defendendo que uma intervenção sustentada deve começar pelo topo da hierarquia: o “exemplo vem de cima” e é importante que o resto da equipa sinta que a gestão de topo se assume como sponsor do projecto estando disponível para aprender e se pôr em causa. Esta lógica de intervenção top-down assegura ainda um total alinhamento de novas práticas, atitudes e comportamentos, em toda a estrutura e não apenas em áreas / departamentos específicos da empresa que depois correm o risco de serem olhados como “diferentes”.
HR: Que competências/ soft skills desenvolvem?
TP: A Dynargie tem o seu foco no “human side of business”, o que significa que acreditamos ter o know-how para colaborarmos com as organizações na implementação de processos de mudança através das Pessoas. De facto, a mudança de atitudes e comportamentos é o nosso core business – que podem cobrir toda a gama de soft skills existente. Para além desta abordagem mais abrangente, é verdade que também somos procurados para o desenvolvimento específico de competências diversificadas – alguns exemplos de temas mais procurados: gestão e liderança de equipas (como motivar, repreender, dar feedback, acompanhar e desenvolver); inteligência emocional (como conjugar a dimensão emocional no meu papel de gestor de pessoas, comercial ou no atendimento ao público); técnicas de apresentação (como ser eficaz na apresentação de ideias em público integrando com conforto as adversidades que podem surgir – em ambiente de pressão); resolução de problemas e tomada de decisão (como integrar a metodologia que pode ser aplicada de forma sequencial no futuro); atendimento ao público (como ser profissional e manter simultaneamente um registo próximo nas três fases do atendimento: “olá”; “mhm… mhm…” e “adeus”); vendas / comercial (como “fazer comprar” em vez de “vender”), entre outras…
HR: Quais as formações mais procuradas? Quais os dados de participação?
TP: Posso afirmar que 60% da nossa actividade se centra na área do management, ou seja, os programas mais procurados enquadram-se dentro do tema de gestão e liderança de equipas. Acredito que é ainda interessante salientar que cada vez mais temos pedidos de parceria em projectos construídos de raiz: o cliente tem a necessidade diagnosticada, os resultados pretendidos no final já definidos e pede à Dynargie que pense com ele na construção de um projecto “à medida”. Com as especificidades e desafios constantes que a realidade actual e futura nos levantam, acreditamos que esta tendência é vital para assegurar uma resposta ajustada. Uma tendência a manter-se.
HR: Nos vários ciclos de carreira, quais as formações mais apropriadas? Quais as soft skills necessárias para cada ciclo?
TP: No fundo a grande segmentação que fazemos é entre funções com e sem componente de chefia. Com esta divisão o que depois acontece é que os diferentes temas/competências são abordados ou numa perspectiva de coordenação e acompanhamento de equipas ou apenas numa perspectiva mais técnica/operacional.
HR: Quem são os vossos clientes?
TP: Uma percentagem muito significativa das maiores empresas a operar no mercado português são nossos clientes há vários anos.
Formações Inter-empresas 2011:
Gestão Dinérgica: 27, 28 de Setembro; 19, 20 de Outubro e 3 de Novembro
Liderança Personalizada: 25, 26 de Outubro e 10 de Novembro
Apresentações Dinérgicas: 17 e 18 de Outubro
Inteligência Emocional: 7 e 8 de Novembro
Gestão do Tempo: 15 de Novembro
Inteligência Emocional na Venda: 21 e 22 de Novembro
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