Grupo hoteleiro Pestana precisa de 1000 trabalhadores para o Verão

O presidente executivo do Pestana disse que o grupo necessitará de mais 1000 trabalhadores para o verão e que já estão contratados cerca de 480 colaboradores.

«Segundo os nossos cálculos será preciso um reforço de 1000 pessoas, temos já recrutadas 480», disse José Theotónio na conferência de imprensa de apresentação das contas de 2021, no Pestana Palace, em Lisboa.

Segundo o gestor, o grupo tem vantagens para os seus colaboradores acima do mercado, como seguro de saúde.

Questionado sobre se há risco de haver hotéis que têm de fechar por falta de pessoal, o gestor disse que isso pode acontecer, referindo que a Pousada de Estremoz (Alentejo) esteve fechada até início deste ano por não terem empregados suficientes.

Os trabalhadores do Grupo Pestana são quase todos portugueses, afirmou ainda o responsável, referindo que os acordos de facilitação de trabalhadores para a hotelaria originários de países dos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), Índia ou Nepal foram falados, mas «até hoje não chegaram ao terreno».

Segundo José Theotónio, um dos problemas na falta de trabalhadores para hotelaria em Portugal também se deve ao sistema de ensino e ao pouco valor que se dá ao ensino profissional, com impacto no recrutamento de colaboradores para a hotelaria.

O Grupo Pestana divulgou que obteve lucros de 23 milhões de euros em 2021, face a prejuízos de 32 milhões em 2020, disse o presidente executivo, acrescentando que 2022 pode já chegar aos valores de 2019 apesar das «nuvens negras» que persistem, desde logo a guerra na Europa.

Quanto a novos hotéis, em 2022 já foram abertos os que o grupo queria abrir este ano (Pestana Douro e Pestana CR7 Marraquexe), podendo ainda abrir o hotel que está em construção em Lisboa, nas Portas do Sol (Alfama), mas caso aconteça será só no fim do ano.

Os outros hotéis em construção ou projecto não serão para abrir este ano, caso do hotel em construção na Rua Augusta, em Lisboa. O grupo tem ainda projectos para novos hotéis nas ilhas de Porto Santo e Madeira (na Praia Formosa, no Funchal) e um Pestana CR7 em Paris (França). Está ainda um hotel em construção nos Estados Unidos, em Newark, mas que é um investimento de uma família luso-americana (família Seabra) e ao Pestana caberá a gestão.

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