Happywashing parece ser a nova “moda” nas empresas. Certifique-se de que não está a acontecer na sua

Se acompanha as últimas tendências nas empresas, já terá ouvido falar de “quiet quitting” e “loud quitting”, entre outras, mas certamente está familiarizado com o conceito de “great resignation”, quando um número significativo de profissionais deixou os seus empregos voluntariamente por causa de factores como burnout e falta de equilíbrio entre a vida pessoal e profissional durante a pandemia.

 

Desde a “great resignation”, proteger e promover o bem-estar, saúde mental e inclusão dos trabalhadores deixou de ser considerado opcional. São factores essenciais para as empresas construírem um negócio de sucesso.

Chamemos-lhe happywashing — o acto ou prática de projectar uma cultura empresarial saudável externamente, mas não a cumprir internamente. Isto significa fingir preocupação com a saúde mental dos colaboradores ou com o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional; promover uma cultura empresarial inclusiva ou positiva que não se reflecte na realidade, e alegar promover o desenvolvimento dos colaboradores, enquanto oferece pouca ou nenhuma oportunidade real de progressão.

 

Eis cinco formas de garantir que a sua empresa se mantém fiel aos seus valores:

Dê prioridade à integração entre a vida pessoal e profissional

Na teoria, é fácil promover o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Na prática, a integração entre a vida pessoal e profissional pode ser o objectivo mais realista. As empresas devem implementar políticas sólidas que criem limites entre o trabalho e a vida pessoal, e os colaboradores devem estabelecer conscientemente limites e fazer sacrifícios que lhes permitam conciliar o trabalho e a vida pessoal de uma forma mais fluida e flexível.

A integração entre a vida pessoal e profissional pode incluir fazer pausas durante o dia para tarefas pessoais, por exemplo, para ir buscar crianças ou fazer recados. O objectivo não é um equilíbrio perfeito. Uma harmonia — em que os dias mais lentos equilibram os dias mais movimentados — é mais realista.

 

Ouça e actue de acordo com o feedback dos colaboradores

O verdadeiro compromisso com a cultura da empresa começa por dar voz aos colaboradores. Recolha feedback através de inquéritos, sugestões anónimas ou conversas trimestrais para compreender o que está nas suas mentes.

Não se fique por aí — tome medidas concretas com base nesse feedback. Aborde questões abertamente, como a carga de trabalho ou a inclusão, e certifique-se de que as preocupações dos seus colaboradores são ouvidas, valorizadas e bem-vindas.

 

Invista no crescimento pessoal

Quando uma empresa promove a aprendizagem e o crescimento ao longo da vida, os membros de cada equipa e a organização como um todo estão preparados para o sucesso. Disponibilize aos colaboradores oportunidades reais de progressão, seja através de programas de desenvolvimento de liderança, mentoria ou workshops de desenvolvimento de competências.

Por fim, ajude os colaboradores a compreender os caminhos para a promoção dentro da empresa e torne as oportunidades acessíveis para aqueles que desejam desenvolver novas competências.

 

Crie uma cultura inclusiva

Diversidade e inclusão são muito mais do que apenas uma tendência na moda. É uma componente crucial de uma cultura empresarial feliz e saudável, e cada empresa tem de fazer a sua parte para garantir que as políticas apoiam a inclusão a todos os níveis.

Incentive a diversidade em cargos de liderança, promova conversas abertas sobre inclusão e disponibilize recursos que capacitem os colaboradores. Este investimento nas suas equipas cria um ambiente mais rico e colaborativo.

 

Transparência do modelo e comunicação aberta

A construção de uma cultura empresarial autêntica começa (e acaba) com a liderança. Quando a liderança é transparente sobre os objectivos, desafios e decisões da empresa, promove a confiança com os seus colaboradores. Quando surgirem problemas, aborde-os com honestidade e empatia e permita que os colaboradores se sintam seguros para expressar as suas ideias.

Quando se trata de criar uma cultura empresarial feliz e saudável, o importante é transformar as suas palavras em acções. A liderança deve modelar os valores da empresa — mostrando, e não dizendo, que a cultura da sua empresa e o bem-estar dos colaboradores são protegidos e respeitados.

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