Hugo Modesto, Siemens: As (muitas) “coisas boas” de trabalhar na Siemens são contadas por quem as vive

Mais de um século de história e um crescimento contínuo são um excelente ponto de partida para a Siemens atrair talento. Mas isso, por si só, não chega. Há muito mais que consubstancia os 117 anos em Portugal da tecnológica, que há muito deixou de ser uma empresa de telemóveis e electrodomésticos: do propósito e do impacto do que faz ao que proporciona às suas pessoas, de quem depende para que o futuro da “estória” continue a ser de sucesso. Tantas “coisas boas”. E quem melhor para as contar do que quem as vive?!

 

Por Ana Leonor Martins | Fotos Nuno Carrancho

 

A Siemens sempre foi uma empresa tecnológica, «responsável por inovações revolucionárias como o telégrafo de ponteiros ou o dínamo» e, hoje, assume-se como «transformadora do dia-a-dia de milhões de pessoas, através de tecnologia com impacto e com propósito, para criar um futuro melhor e mais sustentável. E é assim que queremos que o mercado nos veja, deixando para trás, e definitivamente, as associações aos telemóveis e aos electrodomésticos», afirma Hugo Modesto, que, em Outubro do ano passado, assumiu a liderança da Comunicação. Assim, este é um dos desafios que enfrenta, a par com um outro, que não é menor, nem em “tamanho” nem em relevância: atrair e fidelizar os melhores talentos. Foi com este objectivo que a Siemens lançou recentemente a campanha digital das “Coisas Boas”. Mas há muito mais que está a ser feito.

 

A “Campanha das Coisas Boas” surgiu da necessidade de atrair os melhores talentos. Este é um dos principais desafios das empresas, actualmente?
No contexto actual do mercado de trabalho, nacional e internacional, este é, de facto, um dos principais desafios das empresas, principalmente das que actuam no sector tecnológico, como é o nosso caso.

A Siemens, há 117 anos em Portugal, é – e sempre foi – sinónimo de criação de emprego. O Grupo conta com cerca de 3300 colaboradores e contrata, em média, 300 novos profissionais por ano. Desde o início do ano fiscal, em Outubro de 2022, a Siemens já contratou 262 novos colaboradores. E neste momento, temos mais de 320 vagas abertas no site. A nossa ambição é chegar a 2025, ano em que celebraremos o nosso 120.º aniversário, com 4000 colaboradores no Grupo Siemens em Portugal.

Estes números evidenciam a nossa necessidade de recrutamento, sendo o maior desafio o recrutamento para áreas foco, como é a das tecnologias de informação, em que a “guerra” pelos melhores talentos é enorme.

Esta campanha foi uma das iniciativas que desenvolvemos para dar resposta a essa necessidade e tentar destacar os benefícios que proporcionamos, para continuarmos a desenvolver projectos ao nível do que de melhor se faz no mundo, e para que possamos continuar a crescer.

 

Na campanha, usaram colaboradores e não actores ou figuras públicas. Porquê? Quem melhor do que quem usufrui das nossas “coisas boas” para dar o seu testemunho?
Nunca tivemos dúvidas de que os nossos colaboradores tinham de ser os protagonistas da campanha, seleccionando os benefícios que mais valorizam e mostrando o impacto real que têm nas suas vidas e nas das suas famílias. A autenticidade que isso trouxe à campanha influenciou, por certo, os bons resultados alcançados até agora.

 

Como foram escolhidos os colaboradores?
Lançámos um “casting” na nossa rede social interna, chamada Yammer, e as pessoas interessadas candidataram-se e identificaram as áreas de “coisas boas” que mais valorizavam, entre as opções que definimos previamente. Foram vários os candidatos, com idades entre os 23 e os 57 anos, de diferentes áreas da empresa.

A selecção tinha de ser representativa da diversidade da organização em termos de género, idade, áreas e funções, espelhando a riqueza humana da Siemens.

 

Que números já tem desta iniciativa?
Em cerca de dois meses, o reach da campanha ultrapassou largamente as três milhões de pessoas, os acessos ao site onde estão as oportunidades de emprego duplicaram, quando comparados com o mesmo período de 2022, e recebemos mais de 18 mil currículos.

 

Os perfis que surgiram correspondem ao que procuravam?
Sim, quando comparamos com igual período do ano passado, percebemos que aumentámos em 16% a capacidade de contratação de perfis especializados. Mas esta campanha trouxe mais do que currículos. Acreditamos que, através dela, demos mais visibilidade à nossa EVP [Employee Value Proposition], contribuindo para que a Siemens seja percepcionada como empregador de referência em Portugal.

 

Quando se fala em recrutamento pensa-se em departamento de Recursos Humanos, mas a Comunicação é fundamental. Como estabelecem sinergias?
Temos de trabalhar em estreita colaboração. Praticamente todos os dias falo com o director desta área, e temos inclusivamente uma pessoa na nossa equipa dedicada a estabelecer esta ponte com o People and Organization (P&O).

Os colegas do P&O têm acesso às necessidades de recrutamento e partilham-nas connosco para, em conjunto, definirmos a melhor abordagem, canais, mensagem ou segmentação, e alcançar o objectivo comum: encontrar as melhores pessoas para cada uma das vagas, e apoiar a empresa na trajectória de crescimento. Mas não o fazemos só para vagas avulso, fazemo-lo para academias de formação, desafios estudantis, novos hubs e centros de competências, feiras universitárias e, claro, campanhas como esta.

A comunicação promove o impacto e os valores da organização, facilitadores na conquista de notoriedade e, consequente, nos processos de recrutamento.

 

Qual tem sido o foco da vossa estratégia de Employer Branding?
Tem diferentes objectivos: um deles passa por mostrar o que é a Siemens hoje – ajudando a esclarecer quem ainda tem dúvidas e nos associa a telemóveis ou electrodomésticos. Outro ambiciona dar a conhecer porque somos um empregador de eleição – e somos considerados a empresa mais atractiva na área da tecnologia, no ranking da Randstad, ou estamos nas Top Companies nacionais de 2022, do LinkedIn –, enfatizando a nossa proposta de valor, que passa por criar condições para que os profissionais possam desenvolver as suas competências num contexto multinacional, pela possibilidade de integrar um dos centros de competências que temos a operar de Portugal para o mundo, ou por tomar as rédeas do seu próprio desenvolvimento profissional.

Outro objectivo é dar visibilidade aos projectos que desenvolvemos e explicar de que forma estão a transformar o dia-a-dia das populações. A Siemens cria tecnologia com propósito, pelo que construir uma carreira na Siemens é trabalhar em algo que tem um impacto real na vida das pessoas, que responde a alguns dos maiores desafios da actualidade e está presente em infra-estruturas críticas e em indústrias vitais para a espinha dorsal da economia portuguesa, como a energia, saúde ou mobilidade.

 

Leia a entrevista na íntegra na edição de Junho (nº. 150) da Human Resources, nas bancas. 

Caso prefira comprar online, tem disponível a versão em papel e a versão digital.

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