Inteligência emocional é cada vez mais valorizada a nível profissional? Siga estas cinco regras (de ouro) para a desenvolver

Inteligência emocional é a capacidade de interpretar e lidar com emoções. O conceito não é difícil de definir, porém, se perguntarmos “o que podemos fazer para melhorá-la?”, a resposta já não é tão linear. Há regras simples que pode pôr em prática e servirão de linhas de orientação para manter as suas emoções equilibradas, mesmo em situações difíceis, avança a Inc.com. 

 

Aprenda a dizer não

Numa entrevista, o actor Tom Hanks revelou que, para se focar, teve de aprender a dominar a arte de dizer uma palavra muito importante: “não”.

«Dizer “sim”, significa fazer tudo», explica o actor, «mas dizer “não” significa que escolheste que tipo de história queres contar e que tipo de personagem queres interpretar». Ou seja, cada vez que dizemos “sim” a algo que não queremos, estamos na verdade a dizer “não” às coisas que realmente fazemos.

É importante não esquecer esta regra, porque é fácil ser apanhado no momento. Pode ter o hábito de dizer sempre sim a tudo, aos pedidos dos colegas, a cada projecto interessante e a cada reunião para a qual é convocado. Por outro lado, se se lembrar desta regra, vai lembrar-se de que cada decisão tem consequências e que o dia tem horas limitadas, que não esticam.

 

Melhore o seu feedback

Ninguém gosta de receber feedback negativo. Por isso, o coach profissional Chris Colaco afirma que precisa de transformar o seu feedback, usando apenas uma palavra. Em vez de pedir simplesmente feedback, acrescente a palavra “construtivo”. Ou seja, pergunte «Posso dar feedback construtivo?».

«Ao adicionar a palavra construtivo, dá um enorme passo para mudar a percepção da palavra “feedback” de algo por vezes negativo para algo que tem uma conotação positiva e útil», explica Chris Colaco.

Se perguntar à sua equipa se pode partilhar feedback construtivo, eles irão prestar atenção. Como já estabeleceu que a sua intenção é apoiar, e não criticar, ficarão ansiosos por pôr em prática o que tiver para dizer.

 

Reconheça de forma sincera e objectiva

A regra do reconhecimento é simples: concentrar-se no que uma pessoa faz bem e fazer questão de a elogiar, de forma sincera e objectiva, por essas acções positivas.

No local de trabalho, se reconhecer determinado esforço e trabalho de alguém, de forma sincera, obterá três resultados:

  • Motivar os colaboradores para manterem esse comportamento positivo
  • Promover confiança e segurança psicológica
  • Facilitar a partilha de críticas construtivas

E tudo isto ajudará os profissionais a ser a melhor versão deles próprios.

 

Aprenda a ouvir

Nos anos 50, Donald Broadbent, psicólogo e piloto da Royal Air Force, levou a cabo um estudo interessante. Numa sala, colocou pessoas com auscultadores, que recebiam duas mensagens diferentes, ao mesmo tempo, uma em cada ouvido e, posteriormente, aferia a sua capacidade de reter informação. Por muito que tentassem, a maioria não conseguia reproduzir a informação exacta e completa de ambos os lados. As provas corroboraram a teoria de Broadbent: só conseguimos ouvir, verdadeiramente, uma voz de cada vez.

Assim, num mundo com cada vez mais distrações, como pode dar à sua equipa a atenção de que precisam? Primeiro, ponha o telemóvel de parte. Pode até implementar a regra “sem telemóveis” (ou sem som) durante as reuniões, sejam elas individuais ou em grupo. Quando o fizer, será visto como alguém que se importa com o que os outros têm para dizer. E isso fará também com que se preocupem mais com o que tem para dizer, construindo assim a base de relações mais sólidas.

 

Faça “autópsias emocionais”

Numa situação de tensão, uma pequena parte do seu cérebro – conhecida como amígdala cerebelosa – , que serve como um tipo de processador emocional, “sequestra” o seu cérebro e faz com que reaja sem pensar.

Tal como uma autópsia médica, o objectivo de uma autópsia emocional é determinar a causa de “morte”, ou falha, fazendo com que analise o que correu mal, para poder elaborar um plano que ajudá-lo-á a evitar que esses episódios se repitam no futuro. Assim que se habituar a fazer estas autópsias emocionais, conseguirá diminuir as situações em que é vítima das suas emoções, transformando-as em emoções inteligentes.

 

Fonte: Inc.com

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